O deputado Eduardo Braide (PMN) voltou a defender, na sessão desta quarta-feira (23), que a Prefeitura de São Luís coloque no edital de licitação para contratação das novas empresas, a realização de pesquisas para detectar a conformidade ou não dos usuários com os serviços prestados pelas empresas de ônibus. Braide disse ao colega parlamentar Edivaldo Holanda (PTC) que fez a proposta em forma de crítica construtiva.
O parlamentar do PMN contou que no dia 11 de março publicou em sua página do Facebook um apelo à Prefeitura de São Luís, para que, quando fosse lançado o edital de licitação do transporte público, o que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) disse que faria na sexta-feira (18), para que incluísse a proposta de realização de pesquisas periódicas junto aos usuários. Eduardo Braide lamentou que o edital terminou ainda não sendo lançado e que foi surpreendido com o noticiário desta quarta, anunciando um suposto aumento nas tarifas das passagens que chegaria em torno de 20 por cento.
“É por isso que disse ao deputado Edivaldo Holanda que a crítica é construtiva. Quero me solidarizar com o prefeito de São Luís para que tenha pulso firme, para que ele tenha a sabedoria de não fazer com que, neste momento os usuários de São Luís não paguem por esse preço”, alertou. Disse também que existem motivos técnicos para que o reajuste não seja dado.
Um deles é que foi retirada a Domingueira, o desconto que havia na tarifa implantado na gestão passada e foi também implantado no sistema público de nossa capital a biometria facial, que veio para combater as fraudes. De acordo com Braide, segundo dados da própria Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes de São Luís, um milhão de passagens mensais eram pagas com carteiras fraudulentas, o que foi suspenso.
“Essa fraude beirava os 20 por cento das tarifas arrecadadas mensalmente pela Prefeitura de São Luís. Então veja: os mesmos 20 por cento que o empresariado do transporte coletivo cobra agora foi o que foi conseguido habilmente pela Prefeitura com a implantação da biometria facial”, disse.
Eduardo Braide disse ainda que a implantação de pesquisas é por conta dos serviços de coletivos da capital serem os piores do Nordeste.