Problemática dos lixões é tema de workshop na Assembleia

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Andressa Valadares/ Agência Assembleia
03/05/2016 10h17 - Atualizado em 03/05/2016 14h27

Problemática dos lixões é tema de workshop na Assembleia
Foto original

A gestão dos resíduos sólidos na Região Metropolitana de São Luís foi tema do workshop ‘Lixões, até quando?’, promovido pelo Fórum Maranhense de Sustentabilidade, em parceria com a Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (3), no Auditório Fernando Falcão. Durante o encontro foram discutidas soluções para minimizar a problemática dos lixões em São Luís e apresentar iniciativas positivas para auxiliar nesse processo.

Dados recentes apontam que mais de 1.300 toneladas de lixo são produzidas por dia em São Luís. Com o crescimento da cidade, a proliferação de lixões também aumenta. “A questão do lixo começa pela educação, o que eu faço com esse lixo produzido. Não nos falta tecnologia, o que falta é boa vontade administrativa e educação ambiental para mudar esse cenário”, assinalou Márcio Mendonça, coordenador do Fórum Maranhense de Sustentabilidade.

O deputado Júnior Verde (PRB) destacou o papel importante do Legislativo na discussão dessa problemática, principalmente na conscientização da sociedade sobre o assunto. “Precisamos despertar a consciência ambiental na sociedade, levando informação para as pessoas. É um processo que começa na atitude de cada pessoa, de forma individual, na realização da coleta seletiva, e termina nos municípios. Então, poder público e sociedade precisam fazer a sua parte”, completou.

Antes, o lixo produzido em São Luís era descartado no Aterro da Ribeira, que recebia cerca de mil toneladas de resíduos sólidos por dia. Após sua desativação, os resíduos passaram a ser descartados na Central de Tratamento de Resíduos (CTR), instalada no povoado Buenos Aires, no município de Rosário, a 60 km da capital.

Segundo Márcio Vaz, cientista ambiental, existe uma série de regras técnicas que normatizam a instalação dos aterros, mas que se postas todas em prática impossibilitaria a instalação efetiva de um aterro sanitário na capital, principalmente por conta do aeroporto. “A discussão é complexa, pois São Luís, como uma cidade de mais de 1 milhão de habitantes, tem que atender uma série de regras, sobretudo por ter um aeroporto, que deve possuir uma área de segurança. Então, em função da atual legislação, teoricamente não podemos ter um aterro sanitário. Mas a discussão é importante, pois regras podem ser mudadas”, destacou.

O deputado Wellington do Curso (PP) salientou que existem mais de 40 lixões espalhados por toda a capital e que só a educação e a prática de políticas públicas podem controlar essa problemática. “Nós temos duas vertentes: a primeira diz respeito à educação da população e a segunda a existência de políticas públicas para o controle dessa problemática. Temos um problema gravíssimo, que é a questão da saúde pública, pois temos mais de 40 lixões espalhados por toda a capital e isso é inadmissível”, finalizou.


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