Bira do Pindaré volta a defender eleição direta para presidentes

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Assecom/ Dep. Bira do Pindaré
12/05/2016 18h19

Bira do Pindaré volta a defender eleição direta para presidentes
Foto original

“Não deveria haver, em hipótese, nenhum governo sem voto. Nenhum governo sem o crivo do sufrágio universal, nenhum governo sem o crivo da escolha e da soberania popular, porque a Constituição diz que todo poder emana do povo, é o que diz o parágrafo único do artigo 1º da Constituição Federal”, afirmou o deputado Bira do Pindaré (PSB) quando voltou a defender, durante sessão plenária desta quinta-feira (12), novas eleições para presidente da República no Brasil.

O parlamentar esclareceu que o impeachment pode acontecer a qualquer momento – agora ou depois, mas destacou que o momento atual é uma oportunidade para refletir sobre o modelo político brasileiro e de adotar uma medida necessária na Constituição de que em caso de impeachment e na cassação, tenha que haver nova eleição.

“O governo Temer é um governo sem voto, que não tem a legitimidade do voto popular. Um governo que não tem a legitimidade do voto popular é um governo que nasce morto, sem qualquer respaldo, sem qualquer legitimidade para representar a população brasileira”, disse ele ao lembrar a rejeição de Michel Temer nas últimas pesquisas divulgadas.

Em seguida, Bira classificou o a situação atual como a mais lamentável de tudo que está acontecendo no país. “Nós temos que tirar lições nessa história e apontar caminhos que sejam diferentes para o nosso país, seja na esfera federal, estadual ou municipal”, completou.

Antigas práticas da elite brasileira

Sobre o programa ‘uma ponte para o futuro’, já anunciado pelo governo Temer, o deputado Bira afirmou que é o prenúncio do que Michael vai fazer na Presidência da República.  Segundo o deputado, um programa que se ele apresentasse em uma campanha eleitoral jamais seria aprovado ou eleito.

“Foi preciso essa manobra histórica de um impeachment para que se colocasse em prática intenções que já são antigas da elite brasileira. Agora eles tem a chance de implementar e certamente vão fazer, mas não sem resistência, porque a população estará vigilante e eu espero que os meios de comunicação que deram tanta proteção e divulgação aos escândalos de corrupção no Brasil, que não paralisem. Espero não tenha servido apenas como um artificio parar criar condições necessárias para um objetivo maior, que era o impeachment da presidente”, declarou ao alertar que, da mesma forma, é preciso que os parlamentares permaneçam vigilantes.

“Hoje é um dia triste, vejo que a população brasileira não está comemorando. Vejo a população apreensiva e é nosso papel, enquanto representantes do povo, dar a nossa colaboração ativa para que o Brasil possa ter o caminho adequado. Espero que a ponte para o futuro não seja uma ponte para o passado, que a gente possa dar a volta por cima e retomar o direito que o povo tem de escolher o seu presidente”, concluiu.​


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