Francisca Primo participa do seminário que discute a presença de mais mulheres no poder

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Nice Moraes/Agência Assembleia
01/06/2016 13h34

Francisca Primo participa do seminário que discute a presença de mais mulheres no poder
Foto original

A deputada Francisca Primo (PCdoB) ressaltou, na sessão na sessão desta quarta-feira (1º), a sua participação na abertura do Seminário Estadual de Gênero de Políticas Públicas e Participação Política no Âmbito da Campanha Mais Mulheres no Poder, ocorrida ontem, no Hotel Praia Mar, em São Luís.  

O evento – que se encerra amanhã, dia 02, e conta com a participação de 25 municípios que estão sendo representados por 14 partidos políticos - é uma realização da Secretaria de Estado da Mulher em parceria com a Justiça Eleitoral e a Universidade Federal Fluminense.

A abertura do seminário também contou com as presenças do presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Lourival de Jesus Cerejo; da secretária de Estado da Mulher, Laurinda Pinto; da professora da Universidade Federal Fluminense, Lucilene Morandi e vários movimentos sociais.

Debates

Os debates têm a participação de três pré-candidatas a prefeitas, uma vice e 19 pré-candidatas a vereadoras. Elas estão discutindo sobre a importância da inserção da mulher na política, com a defesa de pautas especificas.  No estado do Maranhão, dos 2.653 com representação eleitoral, apenas 487 têm representação de mulheres como titular, ou seja, apenas 18% de todos os cargos eletivos são ocupados por mulheres.   

A questão do financiamento também está sendo discutida nesse encontro. Francisca Primo afirmou que no estado do Maranhão, o percentual do recurso partidário destinado às candidatas mulheres ainda é muito pequeno. Em 2006 foram 19%, em 2010, foram 14% e, em 2014, o percentual caiu para 11%.  “É preciso que as mulheres sejam mais reconhecidas, tenham o financiamento e o aumento  de vagas nos cargos eletivos”.

Francisca Primo destacou que o estado do Maranhão foi o primeiro a eleger de modo direto a primeira mulher para o cargo de governadora, que foi Roseana Sarney. “É um grande desafio garantir a igualdade de gênero em todos os espaços de poder e decisão. Não só no estado do Maranhão, mas em todo território nacional, a política para as mulheres tem a responsabilidade de promover o protagonismo das mulheres na construção do desenvolvimento”, assegurou a deputada.

Ela acrescentou que é preciso efetivar as políticas públicas com foco na ampliação do espaço da mulher no sentido dar forças para garantir a estabilidade, respeito e o reconhecimento. “Somos maioria do eleitorado, com 51,36%. Temos mais facilidade de voto e, o mais importante, já não existe a máxima de que mulher não vota em mulher. A mulher vota, sim, em mulher”, afirmou a deputada.

Avanço

Em 2010, foram eleitas 45 deputadas federais; em 2014, esse número foi elevado para 51 mulheres. “Isso significa que estamos avançando, mas ainda não é o suficiente”, disse, lembrando que a Assembleia Legislativa do Maranhão é composta por 42 deputados, sendo que apenas seis são ocupadas pelas mulheres.

No Maranhão, dos 217 municípios, existem 41 prefeitas, o que significa 18,89% do total. “Isso só reforça a nossa luta por mais espaço. Das 61 candidatas à deputada federal, só foi eleita uma do Maranhão, que é a deputada Eliziane Gama. Quero que todas nós enfrentemos, sim, na política, mas buscando nossos próprios ideais e não só para preencher as cotas”, acentuou Francisca Primo.

Cotas

Ainda de acordo com Francisca Primo, algumas candidatas entram na campanha somente para preencher as cotas e, não tendo advogado para instruí-las, não sabem o que realmente precisam fazer após a campanha. “Muitas não prestam contas da campanha eleitoral e ficam inelegíveis. Por isso é que nós temos que entrar não só para completar uma cota, mas sim para completar a cota partidária”.


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