O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) falou durante o seu discurso na sessão plenária desta quarta-feira (8), sobre o clima de insegurança jurídica que paira sobre o Brasil, que, segundo ele, tem preocupado não só o Maranhão, mas todo o país.
Logo no início do seu pronunciamento, Cutrim criticou a divulgação de interceptações telefônicas entre políticos, quando ainda não havia crime comprovado, apenas atos preparatórios.
“Nós observamos aquele fato lá em Brasília, viemos acompanhando através da imprensa e verificamos que ali houve uma interceptação, uma gravação de uma conversa induzida, preparada, onde duas pessoas conversam. Quer dizer, ali a gente acreditaria que não serviria de provas. Hoje, a gente fica até preocupado em conversar com um amigo, com outras pessoas sobre qualquer assunto de prioridade ou não”, disse.
O parlamentar também ressaltou que a Polícia Federal tem bons profissionais em seu quadro, com total competência para investigar e esclarecer todos os fatos, sem que haja a necessidade de se utilizar de escuta induzida para chegar aos fins da investigação. “Nós não podemos entrar nessa, porque amanhã como é que fica o instituto da investigação? Está extinto?”, questionou.
Cutrim reiterou a necessidade de se investigar os fatos com dados e provas, para que a insegurança jurídica não reine no país. “O Executivo e o Legislativo hoje praticamente não existem. Está tudo nas mãos do Judiciário, de um juiz, e o Supremo muitas vezes preocupado em dar uma decisão pela imprensa. Então a nossa situação é muito difícil”, criticou o deputado.