A deputada Graça Paz (PSL) comentou, da tribuna da Assembleia, na sessão desta quarta-feira (08), o artigo intitulado As Raízes da Opressão, de autoria de feministas brasileiras, publicado na edição de ontem (07), do Jornal Folha de São Paulo, na página tendências e debates, que aborda a questão da violência contra a mulher. A motivação do artigo foi o caso do estupro da garota de 16 anos, ocorrido recentemente no Rio de Janeiro, que abalou o País.
No artigo, as autoras afirmam que o caso do estupro da garota de 16 anos levou as mulheres de todo o país a se mobilizarem para que a sociedade encarasse um doloroso processo de autoanálise e debatesse a cultura do estupro conjunto de práticas do “fio-fio” até o feminicídio, que produz e reproduz a desigualdade de gênero. “No Brasil, as mulheres querem uma nova política, mas sabem que ela só virá com uma nova cultura, um novo normal. Há inúmeras tentativas em campo de manutenção do velho normal e é preciso cuidado, pois muitas se disfarçam de medidas de proteção da mulher e combate à violência”, advertem as autoras.
A deputada destacou a observação feita pelas autoras de que o punitivíssimo de medidas que singularizam o estupro coletivo, aumentam pena de prisão para esses casos e contribuem para avaliações equivocadas de que estupradores são monstros e não homens criados em meio à cultura do estupro. “Nada disso nos ajuda a questionar privilégios e transcender a dominação, raízes da dominação contra a mulher”, defendem as autoras do artigo com a corroboração da deputada.
Para a deputada, a cultura da violência contra a mulher predominante na sociedade faz com que fatos contra a dignidade da mulher aconteçam a cada dia, todos os dias no nosso estado, no nosso país, no nosso mundo. “E esse caso da menina de 16 anos, só foi descoberto porque os próprios autores do crime divulgaram o ocorrido, devido ao medo de denunciar que muitas mulheres têm”, observou a deputada.
“Esse é um assunto que nós mulheres e homens devemos estar debatendo, fazendo alguma coisa para minimizar esse tipo de coisa que vem afazendo sofrer as mulheres do nosso estado, do nosso país e do mundo”, defendeu a deputada Graça Paz ao concluir a leitura do artigo.