Gedema participa de entrega Termo de Cessão de Uso de terreno para a Fundação Antônio Brunno

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Andressa Valadares/ Agência Assembleia
10/08/2016 12h44 - Atualizado em 10/08/2016 13h59

Gedema participa de entrega Termo de Cessão de Uso de terreno para a Fundação Antônio Brunno
Foto original

"Nós não podemos falar dessa obra que estamos fazendo, sem antes falar do iluminado Antônio Brunno". Emocionado, foi assim que Antônio Lima de Sousa, presidente da Fundação Antônio Brunno e pai do jovem que nomeia a instituição, começou o seu discurso de agradecimento durante a cerimônia de entrega, nesta quarta-feira (10), do Termo de Cessão de Uso de um terreno localizado na Rua 15, no bairro Cohab, em São Luís, que agora pertence oficialmente à entidade.

No local será construída a sede da fundação, que se tornou um centro de acolhida para crianças, jovens, adultos e idosos vindos do interior do Maranhão para tratamento de câncer na capital maranhense e não têm onde ficar. Mais do que apenas uma construção, a obra representa a concretização de um sonho deixado por Antônio Brunno, idealizador do projeto, que faleceu aos 22 anos, vítima de câncer no mediastino.

Fundada em 2012, após o falecimento do jovem, atualmente a Fundação Antônio Brunno funciona em uma casa alugada no bairro Cohatrac. Lá são acolhidas, diariamente, 62 pessoas em tratamento de câncer. O valor do aluguel é R$ 1.700, pago exclusivamente com doações de voluntários.

Parte do terreno cedido à Fundação Antônio Brunno pertence à Prefeitura de São Luís e a outra ao Estado. Foram três anos de uma luta travada pelo pai de Brunno pela regularização da área, luta essa que foi abraçada pela dra. Cleide Coutinho, presidente do Grupo de Esposas de Deputados do Estado do Maranhão (Gedema) e toda a sua equipe.

Durante oito meses, o Gedema, juntamente com a diretora de Desenvolvimento Social da Assembleia Legislativa, Silvana Leal, e a advogada Nacilde Bacellar, subprocuradora Administrativa da AL, se mobilizaram para ajudar a regularizar o terreno para a construção da sede da entidade. A assinatura do documento finalmente aconteceu na última quarta-feira (3) e, hoje, foi entregue à Fundação durante uma cerimônia recheada de emoção.

“É um projeto bonito, de esperança e de amor, pois vá dar abrigo respeitável para pacientes carentes, que vêm do interior com câncer e não têm onde ficar. Aqui, o senhor Brunno, depois dessa sementinha que o seu filho deixou, o Antônio Brunno, juntamente com sua esposa Fátima, conseguiu com que muita gente acreditasse nesse projeto e se esforçasse para fazer acontecer”, afirmou Cleide Coutinho.

Felipe Klamt, diretor administrativo da Empresa Maranhense de Administração de Recursos Humanos e Negócios Públicos (EMARHP) também participou da cerimônia e ressaltou a importância de iniciativas como essa para o crescimento da rede de apoio às pessoas com câncer. “É uma extensão de todo o trabalho que é feito pelo poder público Estadual e Municipal no atendimento às pessoas com câncer. Essas pessoas necessitam de guarida, principalmente as que vêm do interior. Nós fizemos uma articulação com a Prefeitura de São Luís, para entregar a posse dessa área para um projeto fundamental para atender às pessoas”, disse.

OBRA

No terreno, de aproximadamente 3.900 metros quadrados, será construída a sede da Fundação, com capacidade para acolher 245 pessoas doentes por dia. A obra está prevista para ser iniciada em setembro. Lá já existe um galpão improvisado pela Fundação, no qual estão acolhidas 22 pessoas com câncer de vários municípios, pois a casa alugada onde funciona atualmente a instituição não é mais suficiente para receber a quantidade de pessoas que chegam diariamente.

A lavradora Maria Rita Coelho da Silva é uma das pacientes acolhidas pela casa. Ela, que mora no município de Alto Alegre do Maranhão, foi diagnosticada com câncer no ovário, fígado e pulmão e, desde o mês de dezembro do ano passado, está em tratamento em São Luís. Para ela, o apoio e o carinho que recebeu da Fundação Antônio Brunno foram fundamentais durante todo o tratamento.

“Para mim o apoio da Fundação é tudo. Nós, pacientes cancerígenos, não temos como manter nosso tratamento sem apoio. Aqui temos apoio em tudo, além de muito carinho. Cheguei sem esperanças, mas Deus me deu a oportunidade de viver. Essa Fundação é Deus vivo na terra”, declarou.

Segundo o presidente da Fundação, na semana passada a instituição teve que recusar cerca de 20 pessoas por não ter espaço suficiente para acolhê-las. “Já acolhemos 890 e temos uma demanda de 709 vagas por mês. Ou seja, são 709 pessoas por mês que não têm onde ficar. Com a nossa obra, essas 700 vagas vão ser supridas, porque em uma rotatividade vamos começar a abrigar 2.600 pessoas. Vamos poder acolher a todos que não têm onde fica em São Luís”, afirmou Antônio Sousa.

HOMENAGEM

Durante a cerimônia, a dra. Cleide Coutinho foi homenageada pela Fundação Antônnio Bruno que, além de palavras de agradecimento e gratidão, entregaram uma placa, uma cesta e um buquê das mãos dos pacientes. Antônio Brunno também foi homenageado durante o lacre da pedra fundamental. Nela foram colocadas fotos suas, orações, o projeto da obra da Fundação, bem como o estatuto. A pedra deverá ser deslacrada no ano em que Brunno completaria 50 anos, em 2061.


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