Raimundo Cutrim critica gravação não autorizada de conversas entre agentes públicos e políticos

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Assecom/ Dep. Raimundo Cutrim
29/11/2016 12h20

Raimundo Cutrim critica gravação não autorizada de conversas entre agentes públicos e políticos
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O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) criticou, na sessão plenária desta terça-feira (29), a gravação não autorizada de conversas entre agentes públicos e políticos. O parlamentar citou, como exemplo, o recente caso envolvendo o presidente da República, Michel Temer (PMDB), que teve conversa gravada pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero.

Cutrim ressaltou que a figura de agentes políticos - como governadores e presidentes - deve ser respeitada pelo secretariado que compõe a base de governo, incluindo o comprometimento em guardar segredo daquilo que têm conhecimento em razão do cargo.

“Conversar com o presidente gravando é um fato gravíssimo. Hoje, chegamos a uma situação que não se pode mais ligar para qualquer pessoa que já tem programas que quando você já liga o telefone já está automaticamente gravando o seu interlocutor”, afirmou.

O parlamentar também criticou a atuação da Polícia Federal que, segundo ele, tem ultrapassado o período normal de realização de interceptações telefônicas. “As interceptações telefônicas estão ultrapassando a 30 dias, que é o período normal, 15 mais 15. Estão interceptando pessoas um, dois anos. São fatos realmente preocupantes”, assinalou.

Raimundo Cutrim também externou preocupação com o fato de a Polícia Federal, de alguma forma, compactuar com a realização dessas gravações não autorizadas. “Eu não acredito que isto possa ser verdade. Orientando o ministro que tem sua carreira de diplomata, para que pudesse gravar o presidente da República. Já viu como é que ficaria a Polícia Federal? Sem comando? E isto é perigoso para a Nação”, completou.


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