Plenário faz um minuto de silêncio em memória a Dom Evaristo Arns

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Nice Moraes/Agência Assembleia
15/12/2016 12h35 - Atualizado em 15/12/2016 13h00

O plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, na sessão desta quinta-feira (15), fez um minuto de silêncio em memória ao Arcebispo Emérito da Arquidiocese de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, 95 anos, falecido ontem, em São Paulo. 

Da tribuna os deputados Othelino Neto (PCdoB), Wellington do Curso (PP) e Bira do Pindaré (PSB), lamentaram o falecimento do cardeal e afirmaram que o Brasil perdeu um grande homem. Othelino enfatizou a obra deixada por Dom Evaristo não só na grande militância que teve na Igreja Católica mas, além disso tudo, pelo legado de coragem, de resistência; de ter sido um líder espiritual que soube compreender os momentos pelo qual passa o país. 

“Todos nós sabemos - alguns presenciaram e outros sabem pela história - da grande atuação que teve Dom Evaristo Arns na luta contra o arbítrio; na luta contra o regime de exceção e pelo respeito aos direitos humanos. Mas esse é um homem que com 95 anos de vida escreveu uma belíssima história, que anos e anos, séculos vão passar e próximas gerações vão conhecer e reconhecer a vida marcante dos 76 anos de consagração religiosa, de dedicação à Igreja Católica, de dedicação às boas causas do mundo: à solidariedade, ao respeito, à luta pelas pessoas terem o direito de dizer, de falar”, acentuou Othelino Neto.

Ao finalizar Othelino Neto afirmou que a trajetória do cardeal deixa muitas lições, principalmente, no aspecto de respeitar as instituições, de respeitar as opiniões divergentes, de não transformar diferenças de pensamentos, diferenças ideológicas em razões para enfrentamentos que extrapolam os ideais.  “O Brasil se entristece pela perda de Dom Evaristo, mas a sua história fica viva para todos nós brasileiros e para tirar lições da vida desse homem ímpar na história dos grandes homens do planeta”. 

Wellington do Curso ressaltou a sua admiração por Dom Evaristo, principalmente, na defesa que o cardeal fazia aos menos favorecidos. “Fica aqui o nosso registro e o nosso pesar pela morte de nosso querido Dom Paulo Evaristo Arns”.

Bira do Pindaré, com pesar, disse que Dom Paulo Evaristo Arns foi uma pessoa ímpar na história do país, um ícone da esperança. “Eu não podemos deixar, de maneira alguma, de fazer este registro, mesmo porque Dom Paulo Evaristo Arns era uma das pessoas que encabeçava a Teologia da Libertação que, aliás, é onde a escola na qual me formei para a vida e para a militância. Ao lado dele e muitos outros que ainda estão aí na peleja. É indiscutível o papel que Dom Evaristo Arns teve na luta social e política brasileira em um dos momentos mais difíceis da nossa história que foi a Ditadura Militar”, acentuou Bira do Pindaré, lembrando ainda que foi ele que abriu as portas da igreja católica, em São Paulo, acolhendo as pessoas que eram perseguidas; que eram violadas nos seus direitos, mas elementares na liberdade de expressão e que foram muitas vezes alvos de exílio, de perseguição e de mortes. 


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