Fábio Braga cobra atitudes da ANATEL pela má qualidade de serviços prestados pela Claro e Tim

Segundo o parlamentar, um blackout dessa natureza não pode mais acontecer no Brasil.

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Assecom/ Dep. Fábio Braga
16/02/2017 15h26 - Atualizado em 16/02/2017 15h30

Fábio Braga cobra atitudes da ANATEL pela má qualidade de serviços prestados pela Claro e Tim
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O deputado Fábio Braga (SD) usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (16), para repercutir denúncia de moradores do Amapá do Maranhão, Cândido Mendes, Carutapera, Godofredo Viana, Luís Domingues e Turiaçu, que ficaram sem sinal das operadoras Claro e Tim por mais de cinco dias, num isolamento que cria problemas de toda ordem para a vida de cada um deles.

Segundo o parlamentar, um blackout dessa natureza não pode mais acontecer no Brasil, porque a telefonia móvel passou a ter uma importância fundamental no dia a dia de todos nós. 

"Se tem uma coisa que avançou no Brasil de forma incontestável e alcançou todas as classes sociais foi o setor de telefonia, principalmente a móvel, porque a partir de sua privatização, entrou em regime de economia de escala barateando o preço dos serviços, como o das tarifas telefônicas por exemplo, e o preço dos celulares, possibilitando que milhões de consumidores passassem a utilizar tão extraordinária peça de comunicação”, enfatizou. 

Hoje o celular não é apenas um aparelho que você faz ou recebe uma ligação. "Por conta do avanço da tecnologia do setor ele transformou- se numa peça multifuncional e companheiro inseparável de homens, mulheres e crianças, realizando tarefas que vão desde uma simples ligação telefônica no mesmo estilo dos velhos e superados telefones fixos, até o pagamento de um boleto em qualquer caixa bancário; à marcação de uma consulta médica;  à realização de uma vídeochamada; um  click panorâmico de uma foto colorida; a  conexão de internet de alta velocidade, dentre outras estripulias que a telefonia móvel permite seja feita e que, pelo andor da carruagem e pelo apetite do mercado, não vai existir mais limites para produzir  aplicativos”, explicou.

Para fortalecer seus argumentos, o deputado citou números divulgados pela Agencia Nacional de Telecomunicações – ANATEL em dezembro último dando conta que existiam em “operação no país 244 milhões de linhas celulares, sendo 165 milhões de pré-pagas e 79 milhões de linhas pós pagas, o que dá um consumo de mais de um celular por cada brasileiro, e mostra que a telefonia caiu na graça do povo e se encaixou nas necessidades mais elementares da sociedade, vindo definitivamente para fazer parte do seu dia a dia”.

Claro que uma ferramenta com tão elevado número de virtudes “teria mesmo que agregar milhões e milhões de consumidores e lógico, teria que criar uma dependência quase tóxica entre nós e ela. E foi o que aconteceu”, constatou.

O deputado se disse alarmado com o avanço que a telefonia móvel terá nos próximos cinco anos. "No mundo teremos mais celulares do que contas bancárias; 5,4 bilhões contra 5,3 bilhões; teremos mais celulares do que pontos de água canalizada – 5,4 bilhões contra 5,3 bilhões; e teremos mais celulares do que telefones fixos – 5,4 bilhões contra 2,9 bilhões, para ficar só nesses exemplos”.

No Brasil não será diferente "pois até 2021 as redes móveis vão crescer até sete vezes mais, pressionadas pelo intenso uso de vídeos; pelo aumento do número de smartphones; pela maior velocidade nas redes de quarta geração e pelo uso cada vez mais crescente da internet, porque tudo isso conta com a rede de telefonia móvel”.

O parlamentar disse que ante uma relação tão visceral quanto essa “era imperioso que as operadoras de telefonia móvel tivessem mais respeito pelo consumidor e mais responsabilidade profissional, porque hoje existe mais celulares do que brasileiros e eles atendem nossas demandas sociais nas áreas de lazer, saúde, educação, trabalho dentre outras”.

E concluiu sua fala cobrando da ANATEL mais compromisso social para com os usuários do sistema já que sua principal função era justamente a de promover o desenvolvimento das telecomunicações do País de modo adotá-lo de uma moderna e eficiente infraestrutura, com capacidade de oferecer à sociedade serviços adequados, diversificados e a preços justos, em todo o território nacional.

Porém, de conformidade com o crescente número de reclamações que chegam de todos os recantos do estado, e que a gente vê também no país inteiro, as operadoras não estão cumprindo com suas obrigações e a ANATEL não está fiscalizando como deveria.

"Fiz um requerimento à Mesa Diretora cobrando providencias da gerencia regional da Agencia Reguladora, para que ela equacione tão grave problema no mais breve espaço de tempo possível, restaurando as comunicações daquelas comunidades”, finalizou o parlamentar.


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