Na sessão desta segunda-feira (6), o deputado Rogério Cafeteira (PSB), líder do governo na Assembleia, repudiou veementemente a forma como a deputada Andrea Murad (PMDB) se dirigiu ao governador do Estado e ao secretário estadual de Saúde. Ela, que os acusou de corrupção, foi duramente enquadrada por Cafeteira, que fez a defesa da índole dos gestores e a desafiou a apontar qualquer ato de corrupção praticado por um dos dois.
“Agora, veja bem, aqui eu queria repudiar, deputada, antes de encerrar, a forma como vossa excelência se dirigiu ao governador Flávio Dino. A honestidade do governador Flávio Dino é incontestável. O secretário Lula é um homem sério, um homem correto. Eu coloco a minha mão no fogo pelo secretário. Tanto pelo secretário quanto pelo governador”, defendeu o líder do governo.
Apesar de nutrir uma relação de respeito com a deputada de Oposição, Rogério Cafeteira discordou da postura da parlamentar e usou um tom mais ácido para avaliar as atitudes da parlamentar. “Na tentativa de desmoralizar um governo sério, Andrea Murad extrapola os limites da razoabilidade. Eu a desafiei a provar alguma ilicitude do governador ou do secretário de Saúde. Acho que a deputada tem uma memória muito curta em relação a um passado recente da Secretaria de Saúde”, afirmou.
RESPOSTAS
Quanto à questão de aquisição de medicamentos, Cafeteira explicou que as empresas contratadas nem sempre concordam com as atas aderidas pela Secretaria de Saúde, por não serem obrigadas a fazerem a mesma adesão e, por este motivo, apresentam diferenciação no valor registrado nas atas. “Ou o Estado para os tratamentos de oncologia, que é o caso que estamos tratando, ou ele compra no preço que o fornecedor exige. Infelizmente é assim”, lembrou o líder governista.
Rogério afirmou que o grande problema enfrentado pela Secretaria de Saúde é o próprio Sistema de Saúde herdado. Ele reafirmou que a EMSERH foi criada pelo então secretário de Saúde Ricardo Murad, que era um crítico do modelo de OS`s e OSCIP`s e que adotou esse modelo por conta de entraves burocráticos.
“Por que o seu pai não colocou para funcionar a EMSERH? Ele teve dois anos para colocar para funcionar. Sabe qual é um das características que a EMSERH tem, deputada? Ela é sujeita à Lei de licitações, que as OSCIP’S não são e nem as OS’s. Então OS é feito um valor “X” por mês e lá é só OSCIP que vai administrar, mão de obra e os produtos que têm que ser comprados”, explicou o parlamenta, reforçando a tese de que o ex-secretário de Saúde não queria estar sujeito à Lei das Licitações, durante sua gestão a frente da secretaria.