Em pronunciamento feito na sessão desta quarta-feira (8), a deputada Francisca Primo (PCdoB) parabenizou as mulheres, em especial, a maranhense, pela passagem do Dia Internacional da Mulher, comemorado na data de hoje.
Ao parabenizar as mulheres guerreiras e trabalhadoras, chefes de família, pai e mãe ao mesmo tempo, e que acumulam funções sem deixar que seus sonhos sejam afetados - Francisca Primo destacou pesquisa publicada na última segunda-feira, 06, pelo IPEA que retratada a desigualdade de gênero e raça. Os dados mostram que o número de lares brasileiros chefiados por mulheres saltou de 23% para 40%, entre 95 e 2015. A sondagem do IPEA foi realizada com base nos números da pesquisa nacional por amostra de domicílio.
O estudo ainda mostra que mulheres trabalham em média sete horas e meia a mais que os homens por semana, devido à dupla jornada de trabalho, de tarefas domésticas e trabalhos remunerados, além de terem taxas de escolaridade mais alta.
“As mulheres vêm ganhando espaço, porém, não podemos esquecer que a violência e a denúncia também vêm crescendo gradativamente. É lamentável ver que mesmo com tantas ações dos governos federal, estadual e municipais a violência contra a mulher ainda nos assombra. Diariamente, recebemos dados que esperamos ter diminuído, mas, ocorre o contrário do esperado, pois os números só crescem”, acentuou Francisca Primo.
Ações concretas
Ele apontou que no ano passado mais de 500 mulheres foram agredidas fisicamente, por hora, no Brasil. De acordo com pesquisa feita pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, esse número é ainda maior quando se trata de violência verbal ou psicológica. Uma em cada três mulheres já disse que sofreu algum tipo de abuso psicológico verbal ou físico no ano passado.
O Ministério da Justiça informou que o Plano Nacional de Segurança Pública tem ações concretas para prevenir e atuar na violência contra a mulher no Brasil. A deputada lembrou ainda que hoje, em todo o Brasil, inclusive, no Maranhão, as mulheres param não só para comemorar o Dia Internacional da Mulher, mas para continuarem lutando por mais direitos; pelo fim do feminicídio; contra a reforma da Previdência; pelo fim da cultura do estrupo e pelo fim da violência contra as mulheres.
“Parabéns a todas as mulheres aguerridas, de luta e que vivem a cada dia lutando por respeito. O que as mulheres querem é ser respeitadas a cada dia e não só no Dia Internacional da Mulher, principalmente, a mulher negra, a mulher do campo”, finalizou Francisca Primo.