O deputado César Pires (PEN) prestou uma homenagem às mulheres, na sessão desta quarta-feira (8), pela passagem do Dia Internacional da Mulher. O parlamentar fez a deferência em nome de sua mãe, que é viúva, da mulher, da filha e da nora. Também fez destaque às colegas de plenário: Francisca Primo, Ana do Gás, Andréa Murad e Nina Melo, além da presidente do Gedema, Cleide Coutinho, pelo trabalho que desenvolve à frente do órgão.
Ele estendeu também as homenagens às jornalistas, médicas e funcionárias da Casa. “É muito comum nessa época se falar nas mortes nova-iorquinas na Praça de Maio, mas nós devemos também remontar um pouco da história do machismo com que foi construído o próprio cenário mundial da história humana, prova disso é que os conselhos de anciãos não tinham mulheres ainda em períodos passados e ali se decidiam o destino daquela comunidade. Mas é preciso também se saber que naquele período nascia a mulher colonizadora, assim a mulher foi a primeira agrônoma e a primeira veterinária”, disse.
De acordo com o deputado do PEN, “na parte agronômica, enquanto o homem saía para fazer o que ele conseguia fazer, a sua parte beligerante de poder brigar, matar, que é essa a genética humana em nível de testosterona, creio eu, veja bem, a mulher ficava em casa e no seu aspecto de colonização, ela preou as primeiras e únicas 10 mil anos atrás, animais que até hoje são domesticados e na medida em que ela abria, eviscerava, vamos dizer assim, aqueles animais, saíam as sementes e ali começou a ficar plantado aquilo que nós chamamos de revolução agronômica”.
César Pires contou que as mulheres contribuíram para fazer a primeira revolução agronômica com a escolha do arado. “Portanto, no aspecto da domesticação dos animais e eu digo a você aquilo que foi domesticado há 10 mil anos pelas mulheres nada mais foi feito pelo homem. A questão de não haver edificação, de formação das cidades também foi feito pelas mulheres, se elas não ficassem ali, não criassem os seus próprios alimentos, o homem começava também a percorrer o mundo, a ficar nômade e, consequentemente, não fincava e não formava as cidades e as primeiras foram muitas na Mesopotâmia, segundo os historiadores, fruto também do papel da mulher”, garantiu.
Segundo César Pires, já no aspecto bíblico também, a mulher foi extremamente perseguida. “Para vocês terem uma ideia, a Bíblia não se refere à mulher, mas agora com o relacionamento que nós tivemos, de novas descobertas do Evangelho segundo Maria, que embora muitos não acreditem, ela chegou a Jesus e disse assim: “Eu te amo”, a ponto de Pedro dizer para ela depois quando ela andava dizer assim: “mas será que Jesus só te admirava Maria?” “ Não, simplesmente eu não neguei Jesus”. Aos pés dele no momento de sacrifício ou na sua peregrinação ali estava a mulher ao seu lado e foi ela a testemunha da ressureição de Cristo. Quando os próprios homens, aqueles que se diziam evangelizados ou evangelizar em nome de Jesus Cristo recusaram e se negaram, seja Judas com traição simbólica que percorre até hoje, ou seja, Pedro com três gritos dos galos que a história está a nos contar”, relatou.
O parlamentar contou vários episódios nos quais a mulher teve papel fundamental no desenvolvimento da raça humana.
“A primeira profissão do mundo, botem no Google, que vocês vão encontrar aí, era também das mulheres, que deformado ou não, sei lá o que era, mas Roma chegou a ter 29% da população feminina, na verdade de prostitutas. E todos esses preconceitos, todas essas formas ela deixou fincada a sua história que ninguém pode negar. E hoje falar de tudo isso, de vencer, da mulher no trabalho, da mulher de tudo é muito pouco em função de tudo isso que foi feito pela mulher. E, sobretudo, quando ela me deu o direito de nascer por uma mulher e deu a vocês também. Minhas saudações às mulheres da minha família, às mulheres aqui deste Plenário, às mulheres desta Casa e às mulheres do Maranhão”, finalizou.