Cutrim critica a operação “Carne Fraca” feita pela Polícia Federal

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Waldemar Ter/ Agência Assembleia
20/03/2017 19h22

Cutrim critica a operação “Carne  Fraca”  feita pela Polícia Federal
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O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) repercutiu, na sessão desta segunda-feira (2), o resultado da operação “Carne Fraca” da Polícia Federal. E fez duras críticas ao Governo Federal.

“O presidente da República que é fraco demais, que não está comandando suas instituições. Eu, como delegado de Polícia Federal, tive a oportunidade de trabalhar no Brasil todo e tive a oportunidade de comandar as maiores operações da Polícia Federal no Brasil, e vejo hoje a Polícia Federal sem comando. Isto é perigoso para o Estado e para a instituição”, afirmou.

O deputado disse que a imprensa mostrou que o presidente da República não tinha conhecimento da operação, nem o Ministério da Agricultura assim como o ministro da Justiça. “Vejam bem a irresponsabilidade de jogar uma matéria dessas envolvendo 21 frigoríficos do Estado na imprensa nacional e mundial. A China já suspendeu a compra de carne, bem como a Coreia do Sul. A China compra 80% da carne produzida no Brasil, a Rússia e outros países”, informou.

Raimundo Cutrim afirmou que não é contra a apuração com vigor e profissionalismo dos fatos denunciados, mas contra a maneira como foi divulgado. “Hoje a nossa preocupação é que a Polícia Federal está, evidentemente, sem comando. Nós não podemos aceitar que uma operação dessa envergadura não seja dada ao conhecimento do diretor geral da Polícia Federal, não foi dado conhecimento ao ministro da Justiça e ao presidente da República”, enfatizou.

O deputado criticou também o modelo de financiamento das campanhas que afeta o país há muito tempo. “Essa Lava Jato está evoluindo e não vai acabar nunca porque desde que se instituiu a República, a corrupção vem de lá para cá. É um modelo político nosso que estamos acompanhando. Esta que passou não foi diferente das outras e com certeza as que virão serão também a mesma coisa se não tiver uma reforma que proíba tudo quanto é gasto político e que possa haver uma maneira de ter uma fiscalização mais concreta e mais objetiva”, garantiu.

 


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