Em pronunciamento feito na sessão de quarta-feira (31), o deputado Raimundo Cutrim (PCdoB), voltou a criticar a Procuradoria Geral da República pela forma como estão sendo conduzidas as delações premiadas lá em Brasília.
“Com relação à delação premiada há muita complexidade, as pessoas - muitas das vezes- vão vendo o que se quer ver, a grosso modo. É uma tortura psicológica onde a pessoa é obrigada a fazer uma delação sem a sua própria vontade. As pessoas são induzidas, muitas das vezes, a falar o que não quer, e ouvir o que não quer, também. Isso tem ter muita preocupação em uma investigação”, afirmou Raimundo Cutrim.
Na opinião do deputado, o Supremo Tribunal Federal tem que definir o que é legal ou não. Pois, segundo ele, as pessoas não podem ficar á mercê, sem saber se é uma conversa oficial ou não, com um amigo.
“Seria muito perigoso para a segurança jurídica e, a nossa preocupação, é que a OAB não está, está de braços cruzados, sendo conivente com tudo isso. A OAB é uma instituição séria, é uma instituição grande assim como a Procuradoria Geral da República, que também chegou ao cúmulo de pedir prisão de um senador em um mandato. Isso é um absurdo jurídico tão grande que a gente tem dificuldade de acreditar que o Procurador Geral da República tenha coragem de colocar isso no papel e achar que estar certo”, argumentou Raimundo Cutrim.