Assembleia Legislativa sedia 3º Encontro Interconselhos do Maranhão

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Marcelo Vieira/ Agência Assembleia
02/08/2017 08h58

Assembleia Legislativa sedia 3º Encontro Interconselhos do Maranhão
Foto original

A Assembleia Legislativa do Maranhão sediou, na tarde desta terça-feira (1), no Auditório Fernando Falcão, o 3º Encontro Interconselhos do Maranhão. O evento reuniu representantes de 38 conselhos estaduais que discutiram os desafios e perspectivas da participação popular frente às conjunturas nacional e regional.

 O encontro promovido pela Secretaria Estadual de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) teve a participação como palestrante do escritor, teólogo e professor Leonardo Boff, que usou sua experiência política, social e filosófica para discorrer sobre a importância da manutenção da democracia e do levante popular.

O secretário estadual de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves da Conceição, falou sobre a função dos conselhos na atual conjuntura política nacional. “O Interconselhos foi criado para ser um espaço de articulação das demandas da sociedade civil junto ao poder público. Não se muda a realidade de pobreza do estado sem o empoderamento dos movimentos sociais. Na história da democracia brasileira, os conselhos de direitos se tornaram um símbolo da participação popular e o debate de hoje é uma posição política do governo do Estado na defesa intransigente da democracia brasileira”, disse.

Durante a palestra, o teólogo e escritor destacou a importância pedagógica e social da crise política nacional como uma oportunidade de repensar o Brasil, "A crise sempre aparece de tempos em tempos quando o povo adquire consciência de direitos”, disse Boff. 

O escritor citou três episódios que marcam a história brasileira: o genocídio indígena, a escravidão negra e a forma violenta de colonização descrita no livro “Casa Grande e Senzala”, do historiador Gilberto Freire. “O Brasil se transformou numa empresa que reproduz a casa grande e senzala com concentração de renda a uma oligarquia que controla as políticas econômicas pautado num modelo patrimonialista”, explicou Boff.

Ele também criticou as oligarquias, que segundo ele, são as responsáveis por crises que o país enfrentou e enfrenta. Para Boff, não se pode esperar uma mudança vinda de cima e sim do povo. "Estamos em busca de fontes que nos inspiram a encontrar uma saída da crise brasileira e essas fontes não vem de cima, das oligarquias, do parlamento, ou do atual governo, mas deve vir de baixo , do povo, da soberania popular de onde deve nascer soluções para um novo projeto de nação."

 


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