O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) fez, na sessão desta quarta-feira (2), um balanço dos principais temas ligados ao recesso parlamentar, criticou a duração de curso de formação da PM e fez uma análise do cenário político brasileiro. Ele disse, por exemplo, que durante os 15 dias do recesso andou pelo Estado e conseguiu observar que o governador Flávio Dino (PCdoB) está cumprindo os seus compromissos de campanha, com a realização de obras.
Entre essas promessas são que cada município, independentemente de ideologia política, receberia uma ambulância, o programa Mais Asfalto, através de pedido ou não de deputados, poços e na área da agricultura, distribuição de cimentes e tratores, além de ônibus escolares.
“São compromissos do Governo, principalmente na infraestrutura e com as escolas dignas, que são muitas. Evidentemente, não se pode fazer em 24 horas, mas o governador está avançando naqueles compromissos seu. O que às vezes a gente fica triste é que os mesmos próprios colegas aqui, que são 42 deputados, mesmo sendo o governador que leva uma ação, o deputado ou o outro “não, não, fui eu que trouxe”’, afirma.
Lembrou que muitos secretários são candidatos. “É bom, mas quando leva para município ali não é o secretário, é uma ação de Governo, é um compromisso do Governo com a população do nosso Estado. São compromissos de campanha que ele está realizando e está concretizando. Isto aqui é muito importante que a população saiba disso. O governador tinha um compromisso de aumentar um efetivo do Sistema de Segurança Pública. Já aumentou três mil policiais militares, mas ainda para nossa surpresa o índice de criminalidade não houve redução, não estabilizou, ainda está muito grande”, afirmou.
Raimundo Cutrim considera pequeno o prazo de 90 dias o curso de preparação para a PM. “É nossa preocupação, porque são problemas futuros para a população. Nós temos que rever para que o Curso de Policial Militar de Praça seja, no mínimo, de seis a sete meses. É que muitos saem sem saber nem os conhecimentos básicos. Eu passei há poucos dias, eles pedindo a documentação do veículo e os outros filmando. Isso aqui são elementos básicos no artigo 5º, inciso X da Constituição, que o direito da publicidade, se eu for um policial não pode estar lhe pedindo documento e o cara lhe filmando, isso não existe”, explicou.
Tratou também do novo pedido de prisão feito pelo procurador geral da República para o senador Aécio Neves (PSDB). “Eu fico preocupado. Veja bem: o procurador geral da República é o guardião da Constituição, bem como o Supremo Tribunal Federal. Ou o procurador quer aparecer para a imprensa ou não conhece Direito. A gente não acredita. O Artigo 53 da Constituição diz: Os membros do Congresso Nacional não podem ser presos, desde a expedição de diploma, a não ser em flagrante delito ou por crime inafiançável. E mesmo assim quem determina se aceita ou não a prisão é a Câmara dos Deputados ou o Senado Federal. Então, eu nem conheço Aécio Neves, o que nós ficamos preocupados é o procurador brincando com a Constituição Federal ou querendo jogar para a plateia”, finalizou.