A importância do Serviço da Rede de Proteção à Mulher será tema do Programa 'Fala, Mulher!'

icone-whatsapp
Nice Moraes/Agência Assembleia
01/09/2017 10h21

A importância do Serviço da Rede de Proteção à Mulher será tema do Programa
Foto original

Contando as participações da procuradora do Parlamento da Mulher, deputada Valéria Macêdo (PDT) e das assistentes social do Hospital Clementino Moura – Socorrão II, Tânia Bogea e Silvia Bogea, o Programa Fala Mulher, da TV Assembleia, que irá ao ar na próxima terça-feira (5), vai abordar o tema 'A importância do Serviço da Rede de Proteção à Mulher em Situação de Vulnerablidade'.

O programa – apresentado pela jornalista Elda Borges – foi gravado na Casa da Acolhida Nossa Senhora das Graças, no bairro Cidade Operária, parte integrante do Instituto Humanidade e Solidariedade – HUMASOL, que é dirigido por Alice Bogea. A Casa que é coordenada também pelas irmãs Tânia e Silvia Bogea, - que funciona há 5 anos – desenvolve um trabalho humanitário visando amparar as mulheres, principalmente oriundas do interior do Estado, que vêm a São Luís acompanhar seus parentes que são internados no Socorrão II.

De acordo com a diretora Tânia Bogea a permanência das mulheres na Casa depende do tempo que o paciente que ela está acompanhando ficar internado. “Aqui já teve uma mulher que permaneceu por mais um ano. Mas, tem outras, que ficam por um curto período, pois depende do tempo de internação do paciente”, afirmou Tânia Bogea, enfatizando a importância que a Casa da Acolhida tem na vida dessas mulheres. “Aqui elas não pagam nada. O trabalho que elas vão ter é de fazer a comida  e cuidar da Casa. Elas contam com todo apoio necessário da nossa equipe. A principal vantagem para essas pessoas é que não ficam vulneráveis, correndo riscos de sofrerem violência e até mesmo ficar nos corredores do hospital, sem ter onde dormir, tomar banho e se alimentar”, acrescentou Tânia Bogea.

Ela disse ainda que antigamente as mulheres ficavam dormindo nos corredores do Socorrão II ou ficavam nas ruas, muitas das vezes sem ter dinheiro para pagar um local para descansar. “Esse trabalho veio para valorizar essa mulher que é acompanhante dos pacientes”.

Segurança e tratamento humanizado

Sílvia Bogea afirmou que com o trabalho da Casa, a mulher se resguarda a não ser vítima de violência, uma vez que tem um local onde pode se abrigar com segurança. Ela informou que a Casa surgiu a partir de iniciativa familiar, que já passou por situação de vulnerabilidade e também de ver a situação vulnerável das mulheres que acompanham os pacientes. Com isso, em 2013, ela e suas irmãs decidiram criar o espaço.

“Tudo isso fez com que surgisse esse projeto. Nós fomos crescendo, as pessoas foram contribuindo com a gente. Esta Casa acaba tirando a mulher da situação de vulnerabilidade, pois ela vem do interior e não tinha onde ficar. Aqui elas recebem um tratamento humanizado. Elas ficam aqui na Casa, próximo do Socorrão II e, com isso, têm a facilidade de deslocamento. Aqui, nós conseguimos levar para essa mulher o apoio que ela precisa”, disse Sílvia Bogea, acrescentando que a Casa também já abrigou mulheres vítimas de violência familiar. “A mulher sabe que pode contar com essa Rede. Aqui nós conversamos e orientamos. É um serviço de mulher pra mulher”.

Trabalho com a comunidade

A Casa da Acolhida também desenvolve um trabalho com as mulheres moradoras da Cidade Operária e bairros adjacentes. São oferecidos cursos profissionalizantes, como Corte e Costura e salgados. “Com isso, elas se profissionalizam e passam a ganhar o seu dinheiro, passando a não mais depender financeiramente dos seus maridos”, disse Tânia Bogea.

Apoio

Valéria Macêdo destacou que a sua ida à Casa da Acolhida Nossa Senhora das Graças, teve como objetivo visitar in loco e também conhecer o trabalho que é desenvolvido naquele local. “Sabemos que o trabalho aqui desenvolvido retira a mulher da situação de vulnerabilidade”, afirmou a deputada.

Ela também disse que a Assembleia Legislativa, através do Parlamento da Mulher está dando apoio às entidades que visam evitar que a mulher sofra violência. “Nós queremos fazer um seminário na Assembleia para apresentar esse trabalho da Casa da Acolhida para que outros municípios maranhenses e também outros estados multipliquem esse trabalho. Nós precisamos dar evidência a esse projeto, principalmente no combate à violência contra a mulher”, acentuou Valéria Macêdo.

 

 


Banner