Valéria Macedo responsabiliza Governo Federal e Hidrelétrica de Estreito pela situação do Rio Tocantins

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Assecom/ Dep. Valéria Macedo
05/09/2017 15h41 - Atualizado em 05/09/2017 19h25

Valéria Macedo responsabiliza Governo Federal e Hidrelétrica de Estreito pela situação do Rio Tocantins
Foto original

A deputada estadual Valéria Macedo (PDT) participou, no último dia 1º de setembro, em Imperatriz, de audiência pública sobre a grave situação do Rio Tocantins. Com o tema “Crise Hídrica e a Situação de Operações dos Reservatórios do Rio Tocantins no Estado do Maranhão” o evento, realizado na sede das Promotorias Públicas de Imperatriz, foi fruto de um requerimento de autoria do Deputado Federal Deoclides Macedo (PDT), aprovado pela Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA) da Câmara dos Deputados em Brasília.

Durante a audiência e na presença de autoridades - como o Diretor-Presidente da Agência Nacional de águas - ANA e Presidente do Comitê Nacional de Crise do Rio Tocantins Vicente Andreu, o Superintendente de Operações da ANA Joaquim Gondim, o gerente do Operador Nacional - ONS Vinicius Forain, o gerente do CESTE João Rezec Júnior, representantes do IBAMA, ambientalistas representantes da CAEMA, o promotor do Meio Ambiente de Imperatriz Jadilson Cerqueira, a secretária municipal do Meio Ambiente Roza Arruda, a Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Sustentável do Maranhão Liene Soares, prefeitos, vereadores e lideranças políticas da região, - a Deputada Valéria Macedo, sem meias palavras, atribuiu a responsabilidade pela situação do Rio Tocantins na parte maranhense ao Governo Federal, a fragilidade dos estudos de impactos ambientais e a construção da Hidrelétrica de Estreito.

“Fomos enganados” disse a deputada Valéria Macedo, acrescentando que chegou a participar de várias audiências quando da discussão dos estudos de impactos ambientais que precederam a construção da hidrelétrica de Estreito. E disse ter ouvido de vários técnicos de Brasília “palavras fáceis e números imaginários”, tudo com com o apoio irrestrito dos governos federal e estadual da época, os quais queriam a obra de qualquer jeito, diziam que nunca a situação caótica atual nunca chegaria a ocorrer. Segundo a parlamentar “todos nós fomos enganados e os estudos de impactos ambientais revelaram-se meras formalidades burocráticas, e a prova disso é a situação do Rio Tocantins no Trecho maranhense, depois da Hidrelétrica de Estreito”, disse Valéria Macedo.

“Espero que vocês, que são representantes do Governo Federal, fiador e responsável principal pelos impactados ambientais que causaram, encontrem soluções técnicas, políticas, sociais e econômicas pelo que fizeram com o nosso Rio Tocantins pois nunca experimentamos isso em toda história”, disse Valéria Macedo.

Valéria também informou que apresentou ao Governador Flávio Dino e ao diretor da Caema uma indicação, solicitando destes investimentos em captação de água para que Imperatriz não continue com problemas no abastecimento de água. Disse que “o sistema de captação atual de Imperatriz é da década de 1990, e evidentemente não atende satisfatoriamente a nova realidade do município”.  

Ao final do encontro foi dada a garantia através dos representantes da ANA e ONS que a vazão da Bacia do Tocantins será mantida por dois meses evitando assim o racionamento de água, o que garantirá o abastecimento de Imperatriz e região; a ANA continuará monitorando a situação do rio por meio do Comitê de Crise que se reúne a cada quinze dias em Brasília. A próxima reunião acontecerá no dia 12 de setembro.

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) também foi chamada à sua responsabilidade para se adequar à situação de pouca vazão das águas do rio. Esta deve optar por equipamentos mais modernos para melhorar a captação de água do rio Tocantins para garantir o abastecimento da cidade mesmo no período da estiagem. O presidente da ANA disponibilizou técnicos para se reunirem com a CAEMA na próxima semana.

Um Plano de Veraneio para Imperatriz e região informando a vazão do rio no período de estiagem evitando que banhistas, barqueiros e barraqueiros que frequentam e trabalham nas praias localizadas às margens do Tocantins sofram com a seca também foi aprovado.

“Saímos daqui mais confiantes em ações concretas que diminuam os riscos do desabastecimento d’água em Imperatriz e nas demais cidades ao longo do rio. O encontro foi muito positivo e não apenas debateu os problemas, mas tirou decisões importantes para a vida de todos que de alguma forma dependem desse rio que distribui vidas e inspira até os poetas”, disse Valéria, parabenizando a todos que participaram do evento.

 


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