O deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, nesta segunda-feira (6), para destacar o Congresso Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), ocorrido nos dias 1º, 2 e 3 de março, em Brasília. Segundo ele, socialistas de todo o Brasil discutiram as diretrizes do PSB para o processo eleitoral de 2018 e definiram a Direção Nacional da sigla.
O parlamentar, eleito membro da direção nacional do partido para o próximo triênio, registrou a recondução do presidente Carlos Siqueira à presidência do partido, e do prefeito de Timon e presidente do PSB no Maranhão, Luciano Leitoa, para a Executiva Nacional.
Para ele, o Maranhão está bem representado dentro da composição nacional e, com este congresso, consolida um processo de reencontro com a própria história. Nas palavras dele, “um processo de alinhamento com a coerência, com a trajetória e com tudo aquilo que embalou sonhos e lutas de milhares de pessoas e de lideranças expressivas que estão na origem e na formação desse partido”.
O socialista, ao se referir ao PSB como um partido genuinamente nordestino, lembrou nomes como Miguel Arraes e Eduardo Campos – morto em um trágico acidente durante a campanha nas eleições de 2014 -, e frisou lideranças que não estão na esfera da disputa eleitoral, mas que têm um simbolismo muito grande. É o caso de socialistas como Ariano Suassuna e Artur Moreira Lima.
“Portanto, fizemos um debate franco, representativo e transparente. Ao final, prevaleceu o consenso progressivo que se formou, de que o PSB tem que se manter no campo democrático e popular, no campo das esquerdas, apontando este caminho como o mais acertado para a construção da história brasileira. Uma decisão correta e emblemática, sobretudo para o momento que se vive no Brasil e no mundo”, frisou, ao falar do conservadorismo que toma conta de países como Estados Unidos, França, Alemanha e o Brasil de Michel Temer, que chegou à presidência por meio de um golpe parlamentar e jurídico.
Bira do Pindaré, que é presidente do Diretório Municipal da Capital, frisou que o país vive o que classificou como a “agenda do retrocesso”, em referência às reformas trabalhista e previdenciária e as propostas de terceirização. E disse que a intervenção militar no Rio de Janeiro nada mais é do que um artifício para poder esconder e escamotear a derrota que sofreram na reforma da Previdência. Para ele, não é uma ação efetiva para enfrentamento da violência.
“É um faz de conta. É algo que talvez, se durar, só dura até a eleição. Não é o caminho para se resolver o problema da segurança pública no Brasil. Mas esse é outro ponto. O fato é que nesse cenário de retrocesso, com essa pauta negativa criada pelo governo brasileiro em sintonia com as forças da direita internacional, o PSB não poderia ter mais acerto na sua posição do que se manter coerente com sua história e batalhar em favor daqueles que mais precisam. Nesse momento, nós temos que ficar do lado do povo. E o povo não está aplaudindo e nem aprovando as medidas do governo Temer, que só prejudica a classe trabalhadora. É por isso que o PSB tomou essa direção”, declarou.
Segundo destacou, uma direção importante, porque o PSB deixou muito claro que no cenário nacional ou tem candidatura própria ou vai apoiar uma candidatura do campo democrático popular. De acordo com ele, isso significa que, no Maranhão, o PSB está mais do que consolidado na base do governador Flávio Dino (PCdoB), e também posicionado em favor da reeleição. “Os que duvidavam já podem esquecer e procurar outra”, disse, ao ressaltar que a legenda tem posição em nível de Maranhão e também nacional.
O deputado ressaltou que o PSB terá candidatos a governador em pelo menos dez estados, inclusive em São Paulo, com Márcio França, que entendeu a dinâmica interna e aceitou as condições estabelecidas para que ele possa ir para a sua batalha eleitoral. Ele esclareceu também que onde não haverá candidatura própria, haverá aliados irmanados na luta do partido.
Bira sublinhou que, além de priorizar a eleição de governador, a sigla decidiu priorizar a eleição para deputado federal e para o Senado da República. “O Partido Socialista Brasileiro sabe da minha disposição de trilhar esse caminho e é uma prioridade para o partido. Qualquer outra possibilidade de candidatura nesse cenário depende única e exclusivamente do partido. É o partido que decide e conduz”, afirmou.
Ele destacou que tem trabalhado para a candidatura a deputado federal, mas não descartou o Senado. “Nós vamos fazer a batalha eleitoral deste ano com a mesma disposição, com a mesma convicção que nos trouxe para cá, desde o primeiro mandato, em 2010. Trabalhando as causas do povo, lutando em favor dos trabalhadores e construindo um caminho que realmente consolide as mudanças para o Maranhão e para o Brasil”, concluiu.