Francisca Primo parabeniza mulheres pelo seu dia e defende luta contra a violência

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Nice Moraes/Agência Assembleia
07/03/2018 19h33

Na sessão desta quarta-feira (7), a deputada Francisca Primo (PCdoB) parabenizou as mulheres pelo Dia Internacional da Mulher (8 de Março) e enfatizou a importância de se combater a violência sofrida por elas, bem como defendeu o respeito aos direitos.

“Desejo a todas as mulheres um feliz Dia Internacional da Mulher e que nossos direitos sejam, de fato, reconhecidos e a violência, combatida. O dia 8 de Março é importante, mas todos os dias é Dia da Mulher”, lembrou Francisca Primo, citando o relatório da Organização Mundial da Saúde (ONU), o qual diz que as mulheres, em todo o mundo, têm conquistado direitos, embora ainda sejam objetos de discriminação no local de trabalho e vítimas frequentes de violência doméstica.

O relatório detaca os avanços nas urnas, mas relata que as mulheres ainda precisam conquistar influência social e o direito político. “As restrições no âmbito pessoal ainda atrasam o seu desenvolvimento, porque esse direito, na prática, não funciona. Muitas das vezes, nega-se à mulher o controle do seu próprio corpo e a voz na tomada de decisões”, diz o relatório.

Dados do IBGE apontam que 29 milhões de casas brasileiras são chefiadas por mulheres. Mesmo sendo casadas, são elas que tomam decisões administrativas. “Isto não quer dizer que ganham mais que os maridos, mas que tomam as decisões dentro de casa e têm de resolver todas essas questões, inclusive financeira, mesmo ganhando menos e trabalhando fora. Logo, isso aumenta a dupla jornada de trabalho. Milhões denunciam episódios de violência, geralmente cometida pelo companheiro. São fatos sobre os quais tomamos conhecimento todos os dias”, acentuou Francisca Primo.

A deputada também destacou o pronunciamento feito da tribuna pela Procuradora da Mulher na AL, deputada Valéria Macêdo (PDT), sobre a questão da violência sofrida pelas mulheres, principalmente a física, a sexual e a psicológica.

 “A pior delas é a psicológica, que não deixa marca visível. Essa luta é de todas nós, mulheres, e esta Casa tem o dever de debater esse problema. Todos sabem que sempre combati, nesta Casa, esse tipo de violência. Inclusive já me posicionei sobre o caso do deputado Cabo Campos, denunciado pela esposa Maria José Brandão Marques Campos na Delegacia da Mulher. Estamos esperando a presença do deputado para poder falar sobre o assunto”, disse.

E complementou: “Muitos sabem que nós sempre combatemos a violência contra a mulher. No dia 6 de dezembro do ano passado, pedimos pelo fim da violência contra a mulher. Não podemos ficar caladas. Por ser mulher e mãe de mulher - eu tenho uma filha de 14 anos e uma sobrinha –, a nossa posição sempre foi essa: combater a violência. Esta Casa tem de tomar uma decisão sobre esse caso, pois precisa dar o exemplo.  Eu sei que a Comissão de Ética já recebeu essa denúncia, mas tem de haver uma posição. Nós não podemos nos calar sobre essa questão da violência, porque é isso que combatemos todos os dias”, disse Francisca Primo, afirmando que só este ano, três mulheres foram assassinadas em Imperatriz.

 

 


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