“Jefferson Portela deve explicações ao povo e aos deputados da oposição”, diz Andrea Murad

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Assecom / Dep. Andrea Murad
24/04/2018 19h12 - Atualizado em 24/04/2018 19h30

Um dia depois de ter protocolado, na Procuradoria da República no Maranhão, o pedido de intervenção federal no sistema de segurança pública do Estado, a deputada Andrea Murad (PRP) voltou a criticar o secretário Jefferson Portela, por não ter prestado esclarecimentos a todos os membros do Poder Legislativo.

“Ontem, o secretário de Segurança e o comandante da PMMA estiveram em reunião, de portas fechadas, com o presidente da Assembleia Legislativa e deputados governistas. Ele não deve explicações ao presidente  da Assembleia, ele deve ao povo e aos deputados da oposição que ele mandou espionar e monitorar.”, disse Andrea.

A deputada enfatizou que “Jefferson Portela precisa ir ao plenário mostrar a cara e ser inquirido pelos deputados, em sessão pública, não só para este caso, mas, também, para se explicar em relação à delação forçada que ele obrigou um soldado fazer para incriminar o deputado Cutrim, de quem é inimigo”.

Este é um dos pontos, segundo ela, que faz com que a instalação de uma seja CPI importante. “Não aceitaremos justificativas em gabinetes fechados”, disse Andrea Murad.
A deputada protocolou o pedido ontem (23), direcionado à Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, o qual, segundo ela, já está em análise, para que o governo federal intervenha no Maranhão “por causa da grave denúncia de uso da estrutura policial para monitorar lideranças de oposição ao governador Flávio Dino, pré-candidato pelo PCdoB”.

Para a deputada, as eleições livres e democráticas, como rege a Constituição, estão comprometidas com o uso da máquina pública em favor de um único partido ou candidato.
“Pedi providências urgentes e inadiáveis contra o governador Flávio Dino, diante desses fatos estarrecedores, em que documentos internos da Polícia Militar revelaram a existência de uma operação com vistas a utilizar a força policial armada para espionar, constranger e reprimir os líderes de oposição ao governador, que pudessem lhe causar embaraços eleitorais”, destacou Andrea, referindo-se ao teor do documento.

“Ao meu ver, a operação está a mando do governador Flávio Dino, orquestrada pelo secretário Jefferson Portela e obedecida, prestes a ser executada, pela PMMA”, destacou Andrea.


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