Max Barros lamenta assassinato de delegado da Polícia Federal e denuncia aumento dos crimes violentos

icone-whatsapp
Assecom / Dep. Max Barros
08/05/2018 16h33

Max Barros lamenta assassinato de delegado da Polícia Federal e denuncia aumento dos crimes violentos
Foto original

O deputado Max Barros (PMB), líder do Bloco Parlamentar Independente (BPI) na Assembleia Legislativa, lamentou, na sessão de segunda-feira (7), o assassinato do delegado da Polícia Federal, David Farias de Aragão, ocorrido no fim de semana, e denunciou o aumento do total de crimes violentos no Estado, resultando em mortes.
 
Max Barros relatou dados do site G1, que faz levantamento dos casos de mortes violentas (homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte), no Monitor de Violência, realizado todos os meses e que acompanha crimes em todo o Brasil. O parlamentar disse que dos estados brasileiros, apenas quatro não informam oficialmente o site com dados da violência. Um deles é o Maranhão.
 
O deputado afirmou que não é especialista em violência, mas procurou informações a respeito do assunto no G1. Segundo ele, é um site de pesquisa idôneo, por ser referência como monitor de violência. “O que a gente verifica é que esses números que são apresentados pelo governo não são os mesmos apresentados pelo Monitor de Violência do G1, que se baseia em dados da própria Secretaria de Segurança. Pelo contrário, a violência aumentou nos últimos anos”, garantiu.
 
Números

De acordo com Max Barros, se forem comparados os dados da violência dos três últimos anos do atual governo (2015, 2016 e 2017), com os anos de 2011, 2012, 2013, 2014, verifica-se que a violência aumentou em relação aos homicídios registrados em todo o Maranhão. Max Barros relatou que, em 2011, por exemplo, o número de crimes que ocasionaram mortes eram 23,2 para 100 mil habitantes; e em 2015, primeiro ano do atual governo, passaram para 31,7 por 100 mil.
 
Em 2017, o deputado contou que houve um total de 1.945 de crimes violentos, o que representa um índice de 27,8 mortes por 100 mil habitantes.  Em 2016, o índice foi de 31,9; em 2015, de 31,7; e em 2014, de 30,6 por 100 mil habitantes. Nos anos anteriores, em 2011, o índice tinha sido de 23,2; em 2012, 24,6; e em 2013, 25,9 mortes por 100 mil habitantes.
 
“Há uma contradição entre os números que são apresentados pela Secretaria de Segurança e a realidade que nós vivemos. E eu não sou um especialista nessa área de segurança, mas procurei consultar para ver se a realidade é aquela que nós sentimos ou a realidade é aquela que está na mídia, dizendo que a segurança está a mil maravilhas, que o Maranhão melhorou na segurança e que não há mais esse grande número de assassinatos e de crimes no Estado”, comparou.
 
“Lamento profundamente o falecimento do delegado federal David Aragão, uma pessoa que tinha grande conceito na Polícia Federal. Eu conheço seu pai, médico e anestesista Aragão, que já assistiu a tantas pessoas aqui no nosso Estado, e sua mãe, que é pediatra. De fato, é um crime bárbaro. A pessoa comemorando o aniversário de seu filho de cinco anos, mas tem sua casa invadida e é vítima de assassinato. Algo realmente dramático”, afirmou.
 
 Ainda de acordo com o deputado, ao mesmo tempo uma criança de sete anos também foi assassinada com um tiro, no Bairro de Fátima; um jovem proprietário de uma academia foi assaltado e levou um tiro no rosto, e continua internado em estado estável.
 
“Eu tenho um sentimento, que a maioria da população tem, de que o Maranhão está bastante inseguro. A toda hora nós temos notícias de crimes, de assassinato, de sequestro, como aconteceu com a esposa do prefeito de Bom Jesus das Selvas; assalto a ônibus, assalto a mão armada, crime organizado, crime de encomenda. Essas são as notícias que a gente vê no dia a dia, na mídia, abalando toda a sociedade maranhense”, avaliou.
 
 Max Barros desafiou o Sistema de Segurança a atuar com eficiência para melhorar a vida da população. “Temos que saber a nossa realidade, reconhecer o que está acontecendo para poder reverter. Agora, querer tapar o sol com a peneira, mostrar números que não são reais, é o que há de mais equivocado”, disse.
 
“Temos que reconhecer a realidade, ver as dificuldades, diagnosticar os problemas e partir para a solução. Temos policiais competentes na Polícia Militar e na Polícia Civil. Nós precisamos de competência no comando da polícia do Estado. De pessoas com capacidade de liderança, em vez de se preocupar em usar a polícia para ‘arapongar’ adversários políticos”, finalizou Max Barros.


Banner