Comissão de Saúde discute necessidades dos profissionais da Enfermagem

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Nice Moraes / Agência Assembleia
27/03/2019 15h24 - Atualizado em 27/03/2019 19h44

Comissão de Saúde discute necessidades dos profissionais da Enfermagem
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A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa realizou, na manhã desta quarta-feira (27), uma audiência para discutir assuntos referentes ao setor de Enfermagem do Maranhão. A falta de regulamentação da jornada de trabalho, segurança  no trabalho, rotação excessiva das empresas terceirizadas  e a saúde dos profissionais foram alguns dos assuntos.

A audiência contou com a presença do presidente da Comissão, deputado Dr. Yglésio (PDT ), dos deputados Antônio Pereira (DEM), Adriano (PV), Marco Aurélio (PC do B), Rildo Amaral (Solidariedade), Wellington do Curso (PSDB) e Felipe dos Pneus (PRTB); da representante do Conselho Regional de Enfermagem (COREN),  Antônia Cristiane; da diretora de Controle Social do Sindicato dos Enfermeiros do Maranhão, Ana Léia, e demais profissionais da Enfermagem.

O deputado Dr. Yglésio destacou a importância dos profissionais e afirmou que a Comissão busca discutir os assuntos de interesse da comunidade. Disse ainda que serão feitos os devidos encaminhamentos. “A nossa missão é discutir assuntos de interesse da comunidade, uma discussão que seja importante para a sociedade. Aqui, nós escutamos as propostas do COREN e daremos os devidos encaminhamentos”, afirmou o parlamentar.

Hoje, no COREM do Maranhão, há cerca de 52.500 profissionais cadastrados, sendo 13.751 enfermeiros; 36.249 técnicos de Enfermagem e 4.144 auxiliares de Enfermagem.  São 5.973, profissionais do sexo masculino e, 48.171 do feminino.

Jornada excessiva

De acordo com a enfermeira Ana Léia, a jornada dos profissionais da Enfermagem  no estado varia entre 35 a 45 horas. “O Maranhão é o único  estado que ainda não tem a jornada regulamentada  e quais são os benefícios disso? É a segurança para o trabalhador e para o paciente no ambiente de trabalho”, acentuou Ana Léia, acrescentando que, hoje, o profissional  tem de dois a três vínculos de trabalho  justamente  porque não há uma jornada regulamentada.

Além disso, segundo Ana Léia, os salários são baixos e a maioria dos trabalhadores são mulheres. Hoje, 80%dos trabalhadores de Enfermagem do Maranhão são do sexo feminino  e isso termina agravando  a situação. O número de profissionais por pacientes não é cumprido. Portanto, se faz necessária a urgência da regulamentação da jornada de trabalho  para a segurança do trabalhador  e do paciente”, assegurou a enfermeira Ana Léia. 


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