A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa realizou, na manhã desta quarta-feira (27), uma audiência para discutir assuntos referentes ao setor de Enfermagem do Maranhão. A falta de regulamentação da jornada de trabalho, segurança no trabalho, rotação excessiva das empresas terceirizadas e a saúde dos profissionais foram alguns dos assuntos.
A audiência contou com a presença do presidente da Comissão, deputado Dr. Yglésio (PDT ), dos deputados Antônio Pereira (DEM), Adriano (PV), Marco Aurélio (PC do B), Rildo Amaral (Solidariedade), Wellington do Curso (PSDB) e Felipe dos Pneus (PRTB); da representante do Conselho Regional de Enfermagem (COREN), Antônia Cristiane; da diretora de Controle Social do Sindicato dos Enfermeiros do Maranhão, Ana Léia, e demais profissionais da Enfermagem.
O deputado Dr. Yglésio destacou a importância dos profissionais e afirmou que a Comissão busca discutir os assuntos de interesse da comunidade. Disse ainda que serão feitos os devidos encaminhamentos. “A nossa missão é discutir assuntos de interesse da comunidade, uma discussão que seja importante para a sociedade. Aqui, nós escutamos as propostas do COREN e daremos os devidos encaminhamentos”, afirmou o parlamentar.
Hoje, no COREM do Maranhão, há cerca de 52.500 profissionais cadastrados, sendo 13.751 enfermeiros; 36.249 técnicos de Enfermagem e 4.144 auxiliares de Enfermagem. São 5.973, profissionais do sexo masculino e, 48.171 do feminino.
Jornada excessiva
De acordo com a enfermeira Ana Léia, a jornada dos profissionais da Enfermagem no estado varia entre 35 a 45 horas. “O Maranhão é o único estado que ainda não tem a jornada regulamentada e quais são os benefícios disso? É a segurança para o trabalhador e para o paciente no ambiente de trabalho”, acentuou Ana Léia, acrescentando que, hoje, o profissional tem de dois a três vínculos de trabalho justamente porque não há uma jornada regulamentada.
Além disso, segundo Ana Léia, os salários são baixos e a maioria dos trabalhadores são mulheres. Hoje, 80%dos trabalhadores de Enfermagem do Maranhão são do sexo feminino e isso termina agravando a situação. O número de profissionais por pacientes não é cumprido. Portanto, se faz necessária a urgência da regulamentação da jornada de trabalho para a segurança do trabalhador e do paciente”, assegurou a enfermeira Ana Léia.