Deputadas participam do lançamento do Fórum Estadual de Organismos de Mulheres de Partidos Políticos

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Agência Assembleia
28/03/2019 19h17 - Atualizado em 29/03/2019 09h08

Deputadas participam do lançamento do Fórum Estadual de Organismos de Mulheres de Partidos Políticos
Foto original

As deputadas Helena Duailibe (Solidariedade), Mical Damasceno (PTB), Daniella Tema (DEM) e a secretária estadual da Mulher, deputada licenciada Ana do Gás (PC do B), participaram, na tarde desta quinta-feira (28), no Auditório Neiva Moreira, do lançamento do Fórum Estadual de Organismos de Mulheres de Partidos Políticos (FEOMP), que tem o objetivo de fortalecer a luta das mulheres e ampliar seus espaços na política e em todas as esferas de poder, além de estabelecer mecanismos de defesa contra todo tipo de violência, de  acordo com  as lideranças do movimento, representadas por integrantes de várias agremiações políticas.

Procuradora da Mulher na Assembleia Legislativa, a deputada Helena Duailibe falou sobre a importância do Fórum, destacando seu apoio total à causa. “Temos que criar e consolidar espaços. Não podemos ficar apenas como figurantes, como coadjuvantes. Em casa, somos a figura central, mas temos capacidade de atuação na política. As mulheres representam 52% do eleitorado, são maioria, mas a elas são destinados apenas 30% das vagas para composição das candidaturas nos partidos. Isso tem que ser modificado e esse Fórum é de fundamental importância”, assinalou.

Para a deputada Daniella Tema (DEM), é necessário unir forças para conquistar mais espaços. Para isso, ela defende a ampliação da discussão, em todos os âmbitos, para aumentar o número de mulheres na política. “Somos maioria no eleitorado, mas minoria na política e um Fórum como esse nos abre mais um espaço de luta. Estou aqui, como deputada, para dar total apoio a essa iniciativa”, assinalou.

A deputada Mical Damasceno destacou a importância do FEOMP, como sendo um instrumento de incentivo, para que a mulher tenha mais interesse pela política. Entende que somente por meio de movimentos como esse, elas poderão alcançar mais espaços tanto no Parlamento como no Executivo.

Atual secretária de Estado da Mulher, a deputada licenciada Ana do Gás também se revelou entusiasmada com a criação do FEOMP. Disse que ele estabelece mais um instrumento de luta em defesa da causa feminista no Maranhão, porque aglutina representantes de vários partidos e de diversas entidades.

Presidente estadual e vice-presidente nacional da Ação da Mulher Trabalhista do PDT, Karyadine Maia ressaltou que a instalação do FEOMP é uma forma de chamar a atenção para que as agremiações políticas criem os seus espaços femininos, sob o argumento de que a mulher deve ter mais participação, atuar mais nos debates e na construção de uma ampla pauta feminina, abrindo-lhes mais espaços de poder.

A vice-prefeita do município de Santa Quitéria, Ana Cláudia Costa (PDT), enfatizou que a criação do FEOMP visa abrir mais um canal de discussão e de luta em defesa da mulher, sobretudo no que concerne à violência e, também, quanto ao fortalecimento feminino na política. Ela integra a Executiva Estadual do partido e afirmou ser necessário que as mulheres busquem mais espaços em todos os setores.

Discurso diferenciado das colegas tem a secretária estadual de Mulheres do Cidadania (ex- PPS). Ela afirmou não ter mais retorno o avanço das mulheres, enfatizando que elas chegaram nas universidades, na Magistratura, no Ministério Público, nas Forças Armadas e também na política. Disse que as mulheres não poderiam ficar nos partidos apenas fazendo atas e servindo cafezinho. Defendeu que a cota de 30% das candidaturas tem que ser preenchida e argumentou que daqui para frente o objetivo é  buscar a igualdade.

Jane Glauce Cordeiro, que é secretária estadual de Mulheres do PSB, afirmou que um dos principais objetivos da instalação do Fórum é fazer com que os partidos políticos entendam a necessidade de se fazer uma verdadeira cruzada, fortalecendo as políticas públicas em defesa da mulher.

“A mulher continua sendo vítima da violência doméstica. Os números de feminicídio no País e no Estado são alarmantes. A reforma da Previdência traz prejuízos às mulheres e, por isso é que está sendo instalado o FEOMP, para se criar mecanismos que nos fortaleça e nos defenda”, assinalou Jane Glauce.

Sob a ótica de Teresa Vitali, coordenadora nacional de Mulheres do Cidadania (ex-PPS), as mulheres são minoria nos partidos porque não são acolhidas nas siglas. Ela se disse contra a cota de 30% de candidatas, afirmando que o objetivo da luta é estabelecer a igualdade e afirmou que os números da violência contra as mulheres no Brasil são assustadores, são de fazer chorar.

Também ressaltou que o extinto Partido da Mulher Brasileira (PMB), nasceu morto, porque era conduzido por um homem e conclamou as participantes a cerrarem fileiras em torno  da luta contra a violência e contra a desigualdade.

Susan Lucena, coordenadora da Casa da Mulher Brasileira  no Maranhão, também elogiou a criação do FEOMP no Maranhão. Disse que a violência contra a mulher  no Maranhão ainda é alarmante e revelou que muitas delas deixam de fazer a denúncia contra os agressores por vários motivos, que vão do constrangimento, o medo e a dependência econômica.

O convite distribuído para o evento foi subscrito por representantes de alas femininas do PDT, PTB, PC do B, Cidadania (ex-PPS), PT e Solidariedade.

Em meio  ao evento, o deputado federal Márcio Jerry (PC do B) falou rapidamente sobre a importância do Fórum e entregou certificados alusivos às mulheres militantes do partido.

 


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