Presidida pelo deputado Dr. Yglésio (PDT), a Comissão de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional reuniu-se em audiência pública, na tarde desta quarta-feira (6), na Sala das Comissões, para mais uma rodada de debates em torno do problema do consumo de carne clandestina no Maranhão. A pauta de discussão foi a exibição de um relatório do Plano Estratégico de Regularização da Cadeia Bovídea do Maranhão, elaborado e apresentado pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED), por meio da fiscal estadual agropecuária Geane Carvalho.
O Plano Estratégico de Regularização da Cadeia Bovídea do Maranhão surgiu na esteira da iniciativa do deputado Dr. Yglésio, que em 2017 mostrou a um grupo de parceiros, como Ministério Público, Vigilância Sanitária, Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM), Conselho de Medicina Veterinária, Secretaria de Indústria e Comércio e Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária do Maranhão (SINFA), a necessidade de combater o abate clandestino no Estado, e, ao mesmo tempo, instituir consórcios regionais de abatedouros.
Geane Carvalho destacou que um representante da Aged esteve em diversas regiões e verificou que, nas cidades de Colinas, Passagem Franca, Paraibano, São João dos Patos, São Luís Gonzaga, Açailândia, Olinda Nova, Vitorino Freire, Guimarães e Zé Doca, os prefeitos se mostram dispostos a participar do sistema consorciado, além de estarem com suas plantas de abatedouros em excelentes condições.
Quem também fez uma rápida explanação foi o superintendente da Vigilância Sanitária do Maranhão, Edmilson Silva Diniz Filho. Ele destacou a importância do Plano Estratégico e afirmou que em peregrinação por diversos municípios do Maranhão, a Vigilância Sanitária vem protagonizando palestras com açougueiros e cuidando da capacitação de fiscais da Vigilância Sanitária dos municípios, como aconteceu, recentemente, em Bom Jesus das Selvas e outras cidades da região.
Na concepção de Rita de Cássia Cunha, engenheira agrônoma da FAMEM, os consórcios são extremamente necessários, a partir da questão da saúde pública, mas alertando que os municípios deveriam se abster desse tipo de administração, uma vez que não possuem a vocação empresarial. Para ela, os consórcios deveriam ser administrados por empresários.
Enquanto representante da Secretaria de Estado de Indústria e Comércio, Célia Amaral afirmou que a Assembleia Legislativa, por meio do deputado Dr. Yglésio, abriu amplo espaço de discussão e avançou no que concerne a essa questão do abatatedeouro clandestino, ressaltando que esse é um grave problema de saúde pública.
Avaliação do deputado
O deputado Dr. Yglésio avaliou a reunião como extremamente produtiva e agradeceu o empenho de todos os parceiros na elaboração de um plano de ação para a solução definitiva do problema do consumo de carne bovina clandestina no Estado.
De acordo com o parlamentar, que já agendou outra reunião para daqui a 30 dias, houve avanço nesse trabalho, a partir da primeira reunião. “Já temos um plano elaborado e um cronograma de ações definido para acabar com a clandestinidade e garantir carne de qualidade para os maranhenses”, finalizou.