Na noite da última quinta-feira (8), em suas redes sociais, o deputado estadual Duarte postou um termo aditivo que, segundo ele, mostra gastos da Prefeitura de São Luís, no corrente exercício, com a ordem de 6 milhões e 500 mil reais, juntamente com um relatório de relação de despesas destacando o valor de R$ 7.641.771,60.
De acordo com o parlamentar, “todo esse montante não deveria ser utilizado apenas pela Secretaria Municipal de Comunicação, em virtude do caos social que vem sendo instalado em todo o país, por consequência da pandemia”.
Duarte disse que “trocar adesivo de lixeiras não deve ser prioridade em um momento que a fome aumenta”.
"Se você fosse prefeito de São Luís durante a pandemia, o que faria com R$ 7 milhões? O atual prefeito destinou todo esse recurso para a Comunicação. Um absurdo, pois a prioridade é garantir leitos, mais pontos de vacinação, colocar comida na mesa das pessoas, não adesivo em lixeira", diz a legenda da imagem postada nas redes sociais do deputado.
Duarte também se manifestou sobre o assunto em entrevista para a Rádio Nova FM 93.1, no programa Questão de Ordem, apresentado pelos jornalistas Marcelo Minard, Tales Castro e Karol Sampaio.
“Com R$ 7 milhões nessa pandemia poderia estar fazendo um auxílio municipal ou poderia entregar mais de 185 mil cestas básicas ou garantir o funcionamento de mais de 130 leitos de UTI para Covid. Trocar adesivo de lixeira não é prioridade”, disse o deputado no quadro Bora Resolver, do qual participa às segundas e quartas, às 13h.
O deputado se referiu às logos que a Prefeitura de São Luís colocou nos cestos de lixos fixados em postes das avenidas da cidade. A iniciativa tem como propósito divulgar a nova identidade visual, em substituição à marca da gestão do ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior.
A Secretaria de Comunicação emitiu nota negando qualquer gasto com essa finalidade e que não tem qualquer contrato para troca de adesivos. Duarte questionou a nota.
"O próprio Portal de Transparência da Prefeitura mostrava esse gasto, mas se não houve essa despesa, então qual a origem desse recurso? Quem pagou? Quem doou para esse fim em plena pandemia, podendo doar a quem passa fome neste momento?", questionou o deputado.