Plantas estampadas em azulejos são alvo de estudo

icone-whatsapp
Agência Assembleia
13/03/2022 09h26 - Atualizado em 07/04/2022 14h37

Plantas estampadas em azulejos são alvo de estudo
Foto original

Fonte: TV Assembleia

São Luís possui o maior acervo de azulejos seculares da América Latina. E cada um deles é rico em cores e detalhes que chamam atenção dos mais atentos. Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão fez uma análise das plantas que estão representadas nos desenhos feitos em cada peça que reveste casarões do Centro Histórico da capital.

O estudo foi coordenada pelo professor de Biologia, Lucas Marinho. “A origem desse estudo vem de um olhar que vem de fora. Eu comecei a perceber elementos que a gente chama de fitomorficos, que são voltados para a representação de plantas, e convidei alguns alunos para poder analisar essas imagens e identificar quais as espécies que têm nesses azulejos”, relata ele.

As espécies mais presentes são de origem europeia. “Identificamos plantas em 94 azulejos e as famílias mais presentes foram as margaridas, as rosáceas e, as mais comuns, como a família das uvas”, afirma Leandro Menezes, estudante de Ciências Biológicas e pesquisador.

A pesquisa já foi publicada em revista internacional americana, em 2021, com o título “A flora dos Azulejos do Maranhão”.

A relevância disso é levar as informações do centro histórico de São Luís para fora, onde as pessoas não conhecem. É importante divulgar até para os próprios maranhenses o que tem nesses azulejos, qual a história e por que essas plantas estão pintadas nesses azulejos”, afirma o professor.

Os azulejos chegaram a São Luís no período colonial, por volta do século XVIII. Vieram para enriquecer a estética dos casarões dos nobres da época e também os prédios comerciais.

 


Banner