Plantas estampadas em azulejos são alvo de estudo

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Agência Assembleia
14/03/2022 15h06 - Atualizado em 07/04/2022 14h30

Plantas estampadas em azulejos são alvo de estudo
As espécies mais presentes são de origem europeia | Agência Assembleia
Foto original

Fonte: TV Assembleia

São Luís possui o maior acervo de azulejos seculares da América Latina. E cada um deles é rico em cores e detalhes que chamam atenção dos mais atentos. Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão fez uma análise das plantas que estão representadas nos desenhos feitos em cada peça que reveste casarões do Centro Histórico da capital.

O estudo foi coordenado pelo professor de Biologia Lucas Marinho. “A origem desse estudo é de um olhar que vem de fora. Eu comecei a perceber elementos que a gente chama de fitomórficos, voltados para a representação de plantas, e convidei alguns alunos para analisar essas imagens e identificar as espécies existentes nesses azulejos”, relata.

As espécies mais presentes são de origem europeia. “Identificamos plantas em 94 azulejos e as famílias mais presentes foram as margaridas, as rosáceas e, as mais comuns, como a família das uvas”, afirma Leandro Menezes, estudante de Ciências Biológicas e pesquisador.

A pesquisa já foi publicada em uma revista internacional americana, em 2021, com o título “A flora dos azulejos do Maranhão”.

A relevância disso é levar as informações do centro histórico de São Luís para fora, onde as pessoas não conhecem. É importante divulgar até para os próprios maranhenses o que tem nesses azulejos, qual a história e por que essas plantas estão pintadas neles”, afirma o professor.

Os azulejos chegaram a São Luís no período colonial, por volta do século XVIII. Vieram para enriquecer a estética dos casarões dos nobres da época e, também, os prédios comerciais.

 


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