Casos de sífilis registra aumento durante a pandemia

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Agência Assembleia
14/03/2022 16h46 - Atualizado em 07/04/2022 13h38

Casos de sífilis registra aumento durante a pandemia
Doença tem preocupado muitos médicos pela forma endêmica como se instalou no Brasil | Divulgação
Foto original

Fonte: TV Assembleia

Muitas pessoas, durante a pandemia de Covid-19, perderam o hábito de cuidar da própria saúde e de procurar o médico e fazer consultas e exames de rotina. E, por isso, o período endêmico foi favorável ao aumento de casos de sifilis, que é uma infecção sexualmente transmissível. Especialistas alertam para a importância de se prevenir a doença.

"Preocupados com a pandemia, muitos acabaram deixando de lado as outras doenças, e não só as sexualmente transmissíveis. Agora, com a diminuição de casos, as pessoas estão procurando novamente os médicos. E o que aconteceu: as doenças começaram novamente a serem notificadas", relata a médica urologista Patrícia Canelas.

A doença tem preocupado muitos médicos pela forma endêmica como se instalou no Brasil. "Saiu um estudo recente dizendo que, por exemplo, nos Estados Unidos e Europa - por que a sífilis é uma doença mundial - ela tem, em sua maioria, um grande índice de acometimento de homens e usuários de drogas injetáveis. Aqui no Brasil é o contrário, a gente vê muito mais e mulheres. Mas, na verdade, os homens são subnotificados e, depois de contaminados, acabam transferindo para essas mulheres, o que leva ao registro do aumento entre as mulheres ", detalha a médica.

 No Maranhão, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), somente em 2021, foram registrados 348 casos de sífilis congênita, 1.221 casos em mulheres grávidas, e 404 casos de adquirida. Já em 2020, os números foram maiores: 571 casos de sifilis, 1.398 notificações em mulheres grávidas e 1.877 casos de doença adquirida.

O uso do preservativo masculino e feminino durante o ato sexual é o método mais seguro e prático contra doença. Por isso, toda pessoa deve procurar uma unidade de saúde para realizar um teste para detectar a doença.

"A gente também tem que pensar sempre na proteção. E ela está aí na forma de quê, de preservativo. Hoje, a gente tem preservativo tanto feminino quanto o masculino, sendo que o masculino é muito mais usado. Assim, a forma de prevenção que a gente tem são campanhas educacionais junto as comunidades juntos dos governos, para poder auxiliar e mostrar a importância do sexo seguro, com o uso do preservativo", observa a médica.


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