Quadrinistas criam histórias inspiradas e ambientadas em São Luís

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Agência Assembleia
14/03/2022 17h01 - Atualizado em 07/04/2022 13h35

Fonte: TV Assembleia

Artistas maranhenses buscam incluir em seus trabalhos, elementos que compõe a história do estado como forma de valorizar a cultura local. Foi o caso da dupla, Wagner Elias e Rafael Santos que produziram histórias em quadrinhos com enredos inspirados e ambientados em São Luís.

Uma dessas obras, produzida por Wagner Elias e intitulada ‘Escarra Brasa – O cangaceiro gentil’, retrata um futuro pós-apocalíptico onde um cangaceiro tenta encontrar a cura para seu mal.

“O Escarra Brasa encontra dois coletores de relíquias antigas e se vê obrigado a ajudá-los a escapar das garras do perverso Saladino. Entre os casarões do Centro Histórico, os protagonistas procuram uma forma de salvar suas vidas enquanto se deparam com segredos da cidade fantasma”, explicou Wagner Elias.

De acordo com o Wagner, a inspiração para o enredo já era imaginada há algum tempo e tem referências a personagens de animes japoneses. “Eu quis criar um personagem genuinamente brasileiro e que tivesse uma característica marcante. Pedi ao Rafa para fazer o roteiro. Fizemos um capítulo piloto que venceu o prêmio Brazil Manga Awards e foi publicado pela editora JBC em um almanaque, dividindo espaço com outras obras", informou.

Rafael Santos, quadrinista há 13 anos, produziu uma obra intitulada “O Tobias Salazar”, que conta a história de um lagarto que desvenda mistérios por São Luís de uma forma bem-humorada.

“Esse enredo nasceu da minha vontade de criar algo que referenciasse São Luís. Não é algo inédito porque me inspirei em outros artistas locais que já fizeram isso. Mas o diferencial do Tobias é a proximidade que ele tem com o cidadão comum de São Luís. Usei muitos elementos estéticos dos bairros e o linguajar tipicamente ludovicense”, frisou Rafael.

Eles ressaltaram que no Maranhão, a maioria dos quadrinistas ainda necessitam de apoio financeiro para se manter e que Tobias e Escarra Brasa, só foram possíveis graças a editais públicos de fomento a cultura que financiaram a produção e publicação dessas histórias.

"Graças a esses editais pudemos criar um conteúdo que une entretenimento e cultura. Apesar das premiações, ainda não é possível viver exclusivamente dos quadrinhos, mas é importante valorizar a riqueza dessas obras”, finalizou Rafael.

 

 

 

 

 

 


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