Fonte: TV Assembleia
Em parceria com o Centro de Ciências Tecnológicas (CCT) da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), pesquisadores do Grupo de Estudos em Dinâmicas Territoriais (GEDITE) analisaram os fatores ligados à distribuição de casos de Covid-19, nos bairros de São Luís.
O levantamento estudou a configuração espacial das linhas de ônibus, os trajetos, a capacidade de transporte de passageiros e os destinos de cada linha, com o objetivo de mapear a circulação de pessoas. Segundo os pesquisadores, a circulação de pessoas está intimamente ligada ao fluxo de passageiros e a possibilidade de transmissão. Com isso, chegaram aos terminais de integração.
Concentração nos terminais
A pesquisa constatou que há possíveis ligações entre os bairros que concentram números altos e médios de casos da doença com a proximidade aos terminais. O estudo, que considerou todas as tipificações das linhas de ônibus (troncais, alimentadores, circulares e não integrados), revelou a importância da higienização dos pontos de ônibus, dos terminais e dos próprios veículos.
Há linhas, segundo o levantamento do GEDITE, que chegam a uma média diária de 7 a 10 mil passageiros por dia. Para coordenador do GEDITE, José Sampaio de Mattos, as higienizações dos ambientes, os centros de testagens nos terminais, o uso de máscaras e o incentivo à vacinação, são fundamentais para diminuir o risco de transmissão no transporte.
“O terminal de integração da Praia Grande, por exemplo, é rodeado de funções comerciais e administrativas, sendo um dos maiores lugares de pessoas transitando na capital diariamente. Exatamente nessas áreas, como a região do Centro, São Francisco e Renascença, concentram, também, um percentual significativo de casos confirmados”, afirmou José.