Meteorologista aponta que não há razão para se preocupar com nuvem de poeira do Saara

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Agência Assembleia
15/03/2022 13h20 - Atualizado em 07/04/2022 13h20

Fonte: TV Assembleia

Uma nuvem de poeira do Deserto do Saara está se aproximando do Brasil, segundo a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA). O material foi observado por satélites meteorológicos sobre o Oceano Atlântico no dia 6 de março, próximo à costa do Nordeste. Contudo, especialistas garantem que não há razões para se preocupar.

As correntes de vento devem continuar o transporte das partículas de poeira, mas o meteorologista Hallan Cerqueira ressaltou que a nuvem de areia é frequentemente transportada da África e que é mais comum do que parece. As maiores nuvens são observadas no começo do outono no hemisfério norte, quando essas correntes de ar são mais intensas.

“Esse fenômeno acontece praticamente todos os anos e normalmente não causa danos. O máximo que pode acontecer é um pôr do sol ou um nascer do sol mais bonito. A tendência é que o alaranjado do amanhecer e do entardecer fique ainda mais evidente, mas por estarmos no período de chuvas, pode ser que não seja possível perceber nada”, explicou o meteorologista.

Além disso, pesquisas recentes observaram como esse material vindo do Saara fornece uma série de nutrientes importantes para a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo. Quando a poeira da depressão Bodelelé (antigo leito do maior lago da África) é levantada pelos ventos, ela transporta um elemento fundamental para a saúde e crescimento das plantas: o fósforo.


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