Fonte: TV Assembleia
Aqueles que falam, ouvem e leem sobre economia e investimentos se deparam com ela: a Selic, que corresponde a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação, isto significa que precisa ser compreendida nos seus detalhes por quem está interessado em investir.
“Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. Seu objetivo é assegurar a estabilidade da economia e evitar descontroles de preço como os que o país já viveu em décadas passadas, que causam a perda do poder de compra da moeda”, explicou o economista Wilson França.
Já o economista Luís Fernandes ressalta que a taxa Selic é a principal ferramenta do BC para controlar o volume de recursos em circulação. “Quando a economia está aquecida e os preços sobem a ponto de minar a meta de inflação, a Selic é elevada. Com juros mais altos, fica mais caro tomar crédito, tanto para os consumidores quanto para as empresas e o próprio governo”.
Segundo Luís, isso desestimula o consumo e ajuda a controlar os preços. “A medida oposta é tomada em períodos em que a inflação está controlada ou abaixo da meta. Quando há espaço, a Selic diminui, o que estimula o consumo e ajuda a aquecer a economia”, afirmou.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne a cada 45 dias para definir se a Selic aumenta, diminui ou se mantém estável. Sob receio dos impactos da guerra no Leste europeu sobre a inflação, o Copom começa nesta terça-feira (15) a segunda reunião do ano para definir a taxa básica de juros. Atualmente, a Selic está a 10,75% ao ano.