Cerca de 7 mil crianças e adolescentes morrem de forma violenta no Brasil

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Agência Assembleia
16/03/2022 11h49 - Atualizado em 07/04/2022 13h11

Fonte: TV Assembleia

Levantamento feito pelo Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que por ano, cerca de 7 mil crianças e adolescentes morrem de forma violenta no Brasil.

Entre 2016 e 2020 foram 34,9 mil mortes violentas em todo o país. Os dados foram retirados com base em boletins de ocorrência solicitados por meio da Lei de Acesso à Informação para as Unidades da Federação.

A grande maioria das vítimas entre 2016 e 2020 eram adolescentes na faixa etária entre 15 e 19 anos. O estudo mostra, ainda, que a o estado que apresentou a maior taxa de mortes foi o Ceará, com mais de 46 casos por 100 mil habitantes. 

Os dados apontam que as mortes de crianças entre 9 anos vêm crescendo gradativamente, chegando a 213 crianças em 2020 (único ano com informações de todos os estados nesse recorte). Dessas vítimas, 56% eram negras; e 33% eram meninas.

O tipo de crime das mortes violentas de crianças e adolescentes varia por faixa etária. Embora os homicídios dolosos sejam a grande maioria, 10% das mortes de 15 a 19 anos decorreram de intervenção policial. Já no caso de vítimas com 10 anos ou mais, a maior parte dos crimes ocorrem fora das residências.

Os dados também levantaram e conclusões importantes sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes.

De 2017 a 2020, foram registrados 179.278 casos de estupro de vulnerável de crianças e adolescentes nas faixas etárias de 0 a 19 anos. 81% tinham até 14 anos (145 mil casos). Isso significa que em média 36 mil meninas e meninos são estuprados por ano, isso é, cerca de cem por dia.

As meninas são a grande maioria das vítimas. Quase metade dos casos acontecem na faixa etária de 10 a 14 anos de idade. Entre os meninos, o estupro é um crime cometido principalmente na infância, com 59% dos casos na faixa etária de até 9 anos. A violência sexual acontece majoritariamente dentro de casa, e o responsável pelo crime é uma pessoa conhecida da vítima.

Em 2020, os estados que apresentaram as piores taxas para esse crime foram Mato Grosso do Sul, Rondônia, Paraná, Mato Grosso e Santa Catarina.

 


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