Fonte: TV Assembleia
Herança do povo negro, arrancado de suas terras na África e escravizado no Brasil durante o período colonial, a capoeira foi declarada patrimônio imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco) e, hoje, a prática ajuda a melhorar a qualidade de vida de pessoas de todas as idades.
O contramestre de capoeira André Rabelo trabalha ensinando a crianças, adolescentes e adultos a arte dessa luta. “A capoeira, com seus encantos sua magia, foi me conquistando, me provocando a buscar, a estudar mais e buscar formas melhores de treinar e de passar para frente aquilo que eu venho aprendendo”, declara ele.
Há sete anos praticando a capoeira, Ana Dulce e seu filho Pedro Gabriel reconhecem os benefícios da luta. “A capoeira significa, para mim, vitória, alegria, arte. Eu comecei por conta do meu filho e a capoeira vem estreitando os laços entre mim e meu filho”, afirma. “A capoeira representa força, concentração e, mais que tudo, uma família”, diz Pedro Gabriel.
No princípio, a capoeira era uma luta de resistência à violência imposta pelos senhores de engenho na época escravocrata e também uma forma de manter viva as tradições africanas.
“A capoeira nasce como resistência e ainda é resistência hoje. A de ontem era luta pela liberdade, contra a escravidão. A capoeira, hoje, luta contra o racismo estrutural que permanece”, destaca NIla Michele B. Santos, historiadora e mestre em História Social.
Ela destaca a relevância de manter a prática atual. “Não é apenas por ser identidade nacional, da cultura afro-brasileira. A importância dela está, principalmente, em ser esse símbolo de resistência.