Fonte: TV Assembleia
A equoterapia utiliza o cavalo em abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais. A prática é desenvolvida no Centro de Reabilitação da Polícia Militar, em parceria com a Associação Maranhense de Equoterapia e uma equipe de multiprofissionais voluntária.
A equipe de atendimento reúne policiais militares com formação em fisioterapia, psicologia fonoaudiologia e equitação, além de uma médica neurologista. “A andadura da égua faz uma simulação, digamos assim, um movimento bem parecido com o do ser humano ao se mover”, observa o Cabo Wallace, que é psicólogo.
Os benefícios, segundo ele, são muitos. “Além da questão dos estímulos, traz a socialização, da autoconfiança”, complementa.
O menino Leonardo, de 5 anos, nasceu com paralisia cerebral e há pouco tempo descobriu um novo motivo para sorrir. Ana Célia, tia e tutora do menino, afirma que sempre buscou iniciativas para melhorar a vida do menino e o Centro foi um achado.
“Eu já tinha pesquisa sobre a equoterapia e conheci uma pessoa que já é praticante. Conheci o projeto, que é bem interessante. É gratuito. Eu tenho esperança que ele desenvolva ainda mais, porque a prática tem seus benefícios e um deles é o equilíbrio, a postura”, afirma ela.
No Centro, que funciona em área no Comando Geral da PM, no Calhau, a Equoterapia conta com uma equipe multiprofissional capacitada para diversos tipos de atendimentos, entre eles hipnoterapia, prática esportiva, dançaterapia, atendimentos psicológico, nutricional, fonoaudiólogo, fisioterapia, terapia ocupacional, assistente social e neurologista.
O comandante do Batalhão de Polícia Montada, major Soares Júnior, destaca a importância da iniciativa. “O Centro já funciona há 16 anos e, nesse período de pandemia, tivemos melhorias na estrutura para recebermos ainda melhor os praticantes, e também potencializamos os atendimentos. Antes eram 80 e, agora, são 100 praticantes”, resume ele.