Fonte: TV Assembleia
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo e publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics apontou que o consumo de alimentos ultraprocessados pode aumentar em 45% o risco de obesidade em jovens, em 52% o risco de acúmulo de gordura abdominal e em 63% a chance para gordura visceral.
Os 3.580 adolescentes, com idade entre 12 e 19 anos, nos Estados Unidos, foram entrevistados de forma qualitativa, em um método que relembra toda a alimentação da pessoa nas últimas 24 horas. Foram feitas duas entrevistas com cada adolescente, em geral, sendo uma em um dia útil e outra no fim de semana.
Os adolescentes passaram também por exames que mediram a massa corporal e o acúmulo de gordura no abdome e nos órgãos internos. A gordura visceral aumenta o risco para diversas doenças. A partir dos dados coletados, os jovens foram distribuídos entre três grupos, dos que menos consumiam os ultraprocessados aos que mais tinham esses alimentos na dieta.
Os ultraprocessados, apesar do uso de alimentos frescos na produção, a pesquisa alerta que são produtos muito calóricos e com quantidades altas de sal, gorduras e açúcar. O estudo observou, ainda, que, a partir do aumento do consumo de alimentos ultraprocessados, havia maior risco de obesidade.
Gordura e açúcar, por exemplo, são alimentos ultraprocessados que têm pouco conteúdo nutricional, mas são mais atrativos, especialmente para crianças, por terem sabores, cores e texturas feitos para agradar. Para os jovens, o impacto negativo de um alto consumo é maior ainda, já que estão em fase de crescimento e desenvolvimento.