Copom eleva taxa Selic para 11,75% ao ano após impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia

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Agência Assembleia
17/03/2022 16h36 - Atualizado em 07/04/2022 12h45

Fonte: TV Assembleia

Em meio aos impactos da guerra na Ucrânia sobre a economia global, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa Selic, juros básicos da economia, de 10,75% para 11,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

É o nono aumento consecutivo na taxa. Com isso, a Selic alcançou o maior nível desde abril de 2017, quando estava em 12,25% ao ano. Ou seja, o maior nível em quase cinco anos. Antes desse ciclo de altas, entre agosto de 2020 e fevereiro de 2021, a Selic tinha ficado estacionada no mínimo histórico de 2% ao ano.

Em nota, o BC informou que o momento atual exige cautela. O Copom indicou que a próxima elevação também será de 1 ponto percentual, mas que pode rever o ritmo do aperto monetário caso necessário. “Para a próxima reunião, o comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas”, destacou o texto.

O comitê avaliou que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia aumentou as incertezas em relação ao cenário econômico em todos os países. “O choque de oferta decorrente do conflito tem o potencial de exacerbar as pressões inflacionárias que já vinham se acumulando tanto em economias emergentes quanto avançadas”, explicou a nota.

O aumento da taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para enfrentar a inflação. A sequência de altas na Selic, portanto, é uma tentativa do Copom de conter o movimento de alta de preços registrado nos últimos meses.


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