O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, de 2020 a 2022, sejam diagnosticados no Brasil 8.460 novos casos de câncer infanto-juvenis. O câncer já representa a primeira causa de morte, 8% do total, de crianças e jovens de 1 a 19 anos no país.
No Hospital Aldenora Bello, em São Luís, existem cerca de 30 leitos para atendimento ao público infanto-juvenil. O oncopediatra César Casagrande fala sobre as principais ocorrências de câncer nesta faixa etária.
“O câncer mais comum em criança é a leucemia, seguida dos linfomas e dos tumores do sistema nervoso central. Depois, vem os tumores abdominais e os tumores ósseos e, na sequência, os diversos tipos de sarcoma”, enumera o médico.
Os hospitais do Estado já trabalham a nova política nacional de atenção à oncologia pediatra, que deverá ser apoiada pelas redes de saúde pública e suplementar. Haverá medidas para estimular a adoção de planos estaduais de atenção em oncologia pediátrica.
Antônio Dino, vice-presidente da Fundação Antônio Dino, fala sobre esta política de assistência. “Torna-se obrigatório a instituição de uma rede e treinamentos, que ainda não eram obrigatórios, mas que já temos aqui no hospital.
O câncer infanto-juvenil é uma doença potencialmente curável, mas é necessário que o diagnóstico seja rápido, bem como o início do tratamento.
“Até então, a gente sabia que era uma escoliose, um desvio na coluna. As dores foram aumentando, a doença se agravando, a dor das costas veio para as pernas, e paralisou, tem dois meses que ele não anda mais. Fizemos uma tomografia e deu um câncer no abdomên”, relata a dona de casa Maria Madalena Rodrigues, que veio do interior para São Luís com o filho de 10 anos, em busca de diagnóstico.
“O diagnóstico precoce tem influência no resultado do tratamento. Então, quanto mais cedo a gente conseguir diagnosticar e iniciar o tratamento dessa criança, maior é a chance de cura”, observa o oncopediatra.
Os principais sinais de tumores na infância são esses: palidez, manchas rochas e dor na perna; caroços e inchaços indolores e sem febre; perda de peso inexplicada ou febre; tosse persistente ou falta de ar e sudorese noturna; alterações oculares, como pupila branca, hematomas e inchaços ao redor dos olhos; dor em membro ou dor óssea; inchaço sem trauma ou sinais de infecção.