Médicos alertam para os perigos do cigarro eletrônico

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TV Assembleia
20/05/2022 16h08

 

Especialistas afirmam que o cigarro eletrônico é tão prejudicial à saúde quanto o cigarro tradicional. A fumaça e os produtos usados nos dispositivos podem inflamar o sistema respiratório e o uso constante pode, sim, causar doenças graves.

“É a substituição de um vício por outro vício. O eletrônico traz a modernidade, porque vem com esse perfil de tecnologia, combina muito com o estilo atual de vida, tem aromas, e parece inofensivo. Só que não é”, afirma a médica pneumologista Áurea Trindade.

O dispositivo é usado para provocar a simulação do ato de fumar, oferecendo ao usuário a mesma sensação supostamente sem os riscos do consumo de substâncias cancerígenas de um cigarro tradicional. Mas, o vapor liberado pelo cigarro eletrônico também contém substâncias químicas.

O uso, principalmente por adolescentes, tem preocupado a saúde pública. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cigarros eletrônicos e produtos semelhantes que contêm nicotina são uma estratégia da indústria tabagista para captar novosclientes.

Foi por curiosidade que o estudante Rhaffy Násser começou a fumar. Com apenas 18 anos, já tinha optado pelo cigarro eletrônico, por considerar o dispositivo mais saudável que o produto tradicional.

“Acho que a maior diferença entre eles é que o eletrônico não tem a fumaça quente. O sabor do eletrônico também mais acentuado, mais forte. E também eu posso fumar um cigarro eletrônico em ambiente fechado e um tradicional eu não poderia”, afirma ele.

Desde 2019, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) debate, por meio de audiências públicas a regulamentação dos dispositivos eletrônicos para fumar. O objetivo é atualizar ou não as normas que proíbem a comercialização, a importação ou qualquer tipo de propaganda sobre esses produtos no país.

“No Brasil, ninguém pode vender um cigarro eletrônico, mas ele pode ser usado. Não existe ainda uma legislação proibindo o uso. Pode comprar pela internet, adquirir no exterior”, reforça a médica pneumologista Áurea Trindade.


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