Em reunião com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, o vice-presidente do Telegram, Ilya Perekopsky, anunciou série de iniciativas inéditas da plataforma de mensagens instantâneas que está sendo desenvolvida e implementada pela primeira vez no Brasil visando ao combate à desinformação nas Eleições deste ano. A reunião ocorreu na segunda-feira (6).
De acordo com Ilya Perekopsky, o Telegram está adotando exclusivamente no Brasil o monitoramento de conteúdos publicados nos grupos de usuários. A partir dessa experiência, a ferramenta será replicada para outros países que enfrentam ameaças à democracia com a disseminação de conteúdo falso.
As postagens identificadas como descontextualizadas ou falsas, segundo Perekopsky, são marcadas como potencialmente desinformação num aviso para os usuários. O conteúdo do post será encaminhado aos canais das agências de checagens de fatos no Telegram para análise e, caso seja necessário, será feita a divulgação do fato verdadeiro.
Os usuários também poderão marcar e denunciar à plataforma materiais com suposto teor desinformativo.
Perekopsky citou o canal verificado do TSE no Telegram – que ultrapassou 184 mil membros em menos de um mês de existência – como um dos maiores casos de sucesso da plataforma. Reafirmou, ainda, o empenho da empresa para cumprir a legislação do Brasil, em especial, as leis que visam garantir a troca de informações verdadeiras e instrutivas e coibir a divulgação de desinformação no processo eleitoral brasileiro. Também se dispôs a responder, da forma mais ágil possível, as solicitações do TSE durante a campanha eleitoral.
Fachin agradeceu pela relação que o Telegram vem construindo com o TSE nesses últimos meses. O ministro reafirmou o compromisso da Justiça Eleitoral com a liberdade de expressão e externou a preocupação do TSE com a proliferação de notícias falsas no contexto das eleições de outubro.