As bandeiras das tradicionais festas da temporada junina não compõem a decoração dos ambientes e das brincadeiras por acaso. Elas começaram a ser usadas como forma de homenagear Santo Antônio, São João e São Pedro. No início, eram em tamanho bem maior do que as que são vistas com frequência atualmente, mas a tradição permanece a mesma.
Quando começaram a utilizá-las, as pessoas costumavam imprimir a imagem dos santos nessas bandeirinhas. Isso era realizado por meio de um processo que usava água, uma vez que na época não tinham as tecnologias que existem atualmente, a exemplo das impressoras.
Todo o processo fazia parte de um ritual que ficou conhecido como lavagem dos santos. De acordo com a crendice popular, quem usasse essa água de alguma forma, seria purificado pelos próprios santos. Hoje, elas decoram os festejos com o mesmo propósito de purificação.
Por trás do aconchego trazido pela fogueira, história também não falta. Para os cristãos, a fogueira representa o nascimento de São João. Isso porque Santa Isabel teria usado o recurso para avisar a Maria que seu filho ia nascer e de que precisava de ajuda no parto.
A simbologia do balão, por sua vez, funcionava como um meio de comunicação entre as aldeias para avisar que o festejo havia começado. No entanto, seu significado espiritual, remete à comunicação com o divino, visto que o balão vai da terra ao céu. Algumas pessoas, inclusive, costumam tocar os balões e fazer pedidos para que eles os levem aos céus.
Atualmente, soltar balões está proibido e é considerado crime pelo risco de incêndios que representa. Embora a prática seja ilegal, o tradicional símbolo junino foi readaptado e agora é usado como lanterna para iluminar. O que não mudou, contudo, foi sua elaboração: papel de seda colorido.