O Boi Unidos de Santa Fé possui grande destaque nas festividades culturais do Maranhão e é muito requisitado para apresentações em arraiais públicos e particulares, onde leva a beleza de seu espetáculo. A batida das matracas e dos pandeirões são fortes e vibrantes, soando harmoniosas toadas.
O Boi de Santa Fé, como a grande maioria de festas populares nacionais, desenvolve–se em forma de Brincada de Roda. Inicia o ritual com a entrada dos Bois, Mãe Catirina, Pai Francisco, Burrinha e Cazumbás, estes últimos, na função de “proteção de terreiro” seguido pelos cantadores acompanhados pelos batuqueiros, índios, índias e baiantes.
A brincadeira transcorre com o Cazumbá e seu chocalho, personagem misterioso, engraçado e chegado a uma traquinagem, volteando pelo espaço. Os índios e índias, entrincheirados, evoluem dentro do cordão evidenciando a força matriz da nação brasileira, pulando vigorosamente em seus trajes de penas, colares e lanças.
Aos baiantes é dada a função de limitar as margens da brincadeira com seus chapéus de penas e fitas, bem como suas roupas de brilho. Os cantadores dão enredo ao sotaque da brincadeira, cantando toadas e contando histórias, por vezes relembrando a baixada maranhense deixada há muito tempo atrás na infância e juventude.
Os batuqueiros mantêm o ritmo com força e precisão das batidas dos pandeiros e ritmo cadenciado do tambor onça. E, finalmente, os bois, principais personagens que dão o nome ao folguedo, rolam com os vaqueiros em harmoniosa sincronia, desenvolvendo brilhantes e envolventes sequências bailadas em aproximações e afastamentos.
A partir do ano 2000, A Associação Cultural do Boi Unidos de Santa Fé se empenharam no desenvolvimento de oficinas de aprendizados como percussão, bordados, chapéus, caretas, batas e manutenção do prédio no seu barracão sede. O grupo de integrantes é composto de adolescentes do Bairro de Fátima, que, atualmente compõe os cordões do bumba e também auxiliam na confecção de fantasias, instrumentos e outros adereços.
O grupo apresentará todo o seu brilho, nesta sexta-feira (17), no ‘Arraiá do Povo’, às 20h, no estacionamento da Assembleia Legislativa do Maranhão.