Maior evento envolvendo escolas públicas, a Feira de Ciências, Sustentabilidade e Inovação movimentou o Convento das Mercês, em São Luís, na terça-feira (28). O evento foi promovido pelo Governo do Estado em seis polos regionais. Milhares de estudantes, professores e profissionais da educação levaram ao evento o resultado daquilo que é trabalhado nos espaços escolares, incluindo pesquisas científicas, projetos e experimentos voltados à sustentabilidade, inovação e robótica.
Um grupo de estudantes do Centro EducaMais Dorilene Castro, bairro Coroadinho, apresentou um robô inteligente, o SL1.0, que funciona a partir da captação de luz.
“No começo, a gente achava que era só uma ilusão, mas aí a gente colocou tudo em prática, na realidade. Esse robô funciona de acordo com a luz, quando a gente direciona a luz para o lado direito, ele se move para o lado direito e, se direciona para o lado esquerdo, ele se movimentará para o lado esquerdo, do mesmo jeito que o comando do cérebro”, detalha a estudante Nicole Pires.
“O nosso objetivo é concretizar o que a gente mFonte: TV Assembleiainistra em sala de aula, nas matérias de biologia, matemática, física e química. Para os estudantes verem, na prática, aqueles conhecimentos complexos que, às vezes, não fazem sentido para eles na sala de aula, mas com a aplicação no robô consegue visualizar para que estão estudando”, ressalta o professor Zaqueu Guimarães.
Ao todo, 394 equipes foram selecionadas, entre elas uma da escola Barjonas Lobão, da Cohab, que cria modelos robóticos fabricados com materiais reciclados. Com a ideia inovadora, entraram na disputa pelo primeiro lugar na feira.
“Uma atividade dessa enriquece no aprendizado, porque são coisas diferentes que a gente vai aprender e a gente leva para o futuro”, afirma o estudante Jonathan Frota.
O evento científico escolar premiou os três primeiros lugares (escolas, professores e estudantes), em duas categorias: Experimentação Científica e Sustentabilidade; e Inovação, Tecnologia e Robótica.
Na capital, concorreram trabalhos das regionais de São Luís, Rosário, Itapecuru e Chapadinha. Conquistaram os primeiros lugares os trabalhos: “Horta Escolar: Promoção da Educação Ambiental, Sócio Ocupacional e Desenvolvimento Sustentável na Produção de Hortaliças”, do IEMA Pleno Bacabeira (Regional Rosário), categoria experimentação científica; e na categoria robótica e inovação, “Desenvolvimento de um chatbot para atendimento e acolhimento dos estudantes do Ensino Médio pós-pandemia”, produção do IEMA Gonçalves Dias.
“É muito emocionante estar aqui. O sentimento é de gratidão. Saber que estamos formando cidadãos conscientes para um futuro ultra urbanizado, porque as cidades crescem muito e precisam de mais alimentos. A gente quer levar esse projeto para crianças do primário, nossos alunos passando para eles o que é um futuro sustentável”, destacou Paulo Alexandre, professor de Agroecologia do IEMA Bacabeira.
“É um processo de imersão entre reflexão sobre a teoria e a produção, no caso, a prática. Eles estão trazendo para cá o que já conquistaram, já construíram durante esse primeiro semestre, socializando com toda a comunidade”, ressalta a coordenadora geral da Feira, Adelaide Diniz.