Fonte: Agência Brasil
Diante do aumento de casos de varíola dos macacos no país, o Ministério da Saúde criou o Centro de Operação de Emergências (COE), que começa a funcionar ainda nesta sexta-feira (29). A iniciativa visa acompanhar a situação epidemiológica e elaborar um plano de vacinação contra a doença no país.
Membros do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e representantes de outras secretarias do Ministério da Saúde, além da própria Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), foram convidados a participar do colegiado.
De acordo com o Ministério de Saúde, mesmo quando não havia nenhum caso no Brasil, foi estabelecido um fluxo de vigilância ativa para o país. Além disso, foi definido o que seria um caso suspeito, um caso confirmado e um caso descartado. Também foi imediatamente determinado um fluxo para o diagnóstico e testagem.
Vacinação
O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, informou que a vacina a ser adquirida possivelmente será de vírus não replicante. Segundo com solicitação feita à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a previsão é de que 50 mil doses sejam destinadas ao Brasil.
Os primeiros a serem imunizados deverão ser destinados aos profissionais de saúde e o desembarque das vacinas está previsto para ocorrer ainda em 2022.
"O plano de imunização deverá ser de duas doses com intervalo de 30 dias entre elas. Já estamos em tratativas com as fabricantes para adquirir os imunizantes. O COE vai acompanhar todo o processo pandêmico em relação à monkeypox", disse Arnaldo Medeiros.
De acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil indicou que, até o momento, 978 casos confirmados da doença.
Varíola dos macacos
Os sinais e sintomas da doença podem durar entre duas e quatro semanas. Alé, disso, a transmissão ocorre principalmente pelo contato pessoal e direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas contaminadas ou objetos infectados.
O contágio ocorre, também, por meio de gotículas requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, por isso, trabalhadores da saúde, membros da família, parceiros e parceiras têm maior risco de contaminação.