Fonte: Agência Brasil
Segundo levantamento divulgado na manhã desta segunda-feira (1) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), as micro e pequenas empresas brasileiras apresentaram bom desempenho no segundo trimestre de 2022. Porém, estão preocupadas com a falta ou com o alto custo dos insumos usados como matéria-prima.
Além disso, há uma percepção de melhora da situação financeira nas empresas de menor porte, comparada com o mesmo trimestre de anos anteriores.
O levantamento da CNI é trimestral e tem como base a análise dos dados da pequena indústria levantados na Sondagem Industrial, na Sondagem Indústria da Construção e no Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei). Todos os meses, as pesquisas ouvem cerca de 900 empresários de empresas de pequeno porte.
Ainda de acordo com o CNI, os empresários seguem otimistas e as perspectivas para a pequena indústria continuam em patamar positivo. O documento da CNI informa, também, que o desempenho médio do trimestre em 2022 para a pequena indústria ficou em 47,4 pontos.
O resultado do segundo trimestre está acima do previsto para o primeiro trimestre de 2022 (45,5 pontos), bem como, da média do segundo trimestre de 2021 (46,5 pontos).
Já em junho, o índice de desempenho registrou 47,5 pontos, uma alta de 4,8 pontos na comparação com a média dos meses de junho dos anos anteriores. Esse Panorama da Pequena Indústria é um levantamento trimestral que elenca quatro indicadores: desempenho, situação financeira, perspectivas e índice de confiança. Todos os índices variam de zero a 100 pontos. Quanto maior for, melhor é a performance do setor.
Matérias-primas
Todavia, a indicação de otimismo vem acompanhada de preocupação com a falta ou o alto custo das matérias-primas que continua em alta para a pequena indústria, esse problema é apontado como um desafio para as micro e pequenas indústrias brasileiras.
A falta ou o alto custo da matéria-prima foi o problema mais assinalado no segundo trimestre deste ano com 51,8% das citações no ranking que abrange pequenas empresas dos setores extrativo, de transformação e de construção, seguido de elevada carga tributária (35,8%). Em terceiro lugar, entre os principais problemas enfrentados pela pequena indústria, está a preocupação com “demanda interna insuficiente”.
“O problema de falta ou alto custo da matéria-prima continua em primeiro lugar para todos os segmentos industriais e, apesar de ter sofrido redução nas assinalações para a transformação (-6,9 pontos percentuais) e para a extrativa e (-6,8 pontos percentuais), o percentual aumentou para a indústria da construção (+5,4 pontos percentuais) no segundo trimestre de 2022”, explica a NCI.
Finanças e perspectivas
O Índice de Situação Financeira das pequenas indústrias teve ligeira melhora, marcando 41,2 pontos no segundo trimestre de 2022, índice que apresenta acréscimo de 0,2 ponto na comparação com o primeiro trimestre.
Para a CNI, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) para a pequena indústria mostrou confiança relativamente elevada e disseminada, uma vez que, desde o início do ano. A confiança segue oscilando acima da média histórica de 52,8 pontos em torno dos 57,0 pontos.
Já o Índice de Perspectivas da pequena indústria apontou queda de 0,9 ponto em julho de 2022, passando para 51,3 pontos. Este índice avalia as percepções dos empresários para os próximos meses.