Vida e obra de Maria Firmina dos Reis em exposição

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Fonte: TJMA
08/08/2022 18h01

 

“Firmine-se!”. A expressão imperativa afirmativa, exposta em painel da “Exposição Maria Firmina dos Reis - 200 anos inspirando humanidades”, faz convocação, em tom de despertamento, para a luta contra o racismo, discriminação de gênero e desigualdades sociais. A mostra do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) comemora o Bicentenário da maranhense ícone do movimento antiescravista e primeira escritora romancista brasileira.

Instalada no Museu Desembargador Lauro Berredo Martins (Solar dos Veras, 144, Rua do Egito, Centro), a exposição foi inaugurada em solenidade, na sexta-feira (5), com presença de autoridades do Judiciário e do Executivo, pesquisadores, historiadores, servidores, estudantes do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) e com a participação especial da banda da Escola de Música do Bom Menino. A iniciativa é organizada pelo Comitê da Diversidade e pelo museu do TJMA. Após a solenidade, foi exibido video mapping sobre Maria Firmina dos Reis, na fachada do Palácio Clóvis Bevilácqua.

Na visão do presidente da Comissão de Documentação, Revista, Jurisprudência e Biblioteca do TJMA e também da Academia Maranhense de Letras, desembargador Lourival Serejo, a mostra tem uma grande relevância para o Judiciário e para a sociedade. “A exposição dá uma visibilidade muito perfeita sobre a figura de Maria Firmina, sobre as suas obras e sobre o papel que ela desempenhou nesse movimento de abolição da escravatura e de afirmação da inteligência negra no Brasil”, disse.

Serejo ressaltou a força que o reconhecimento de Maria Firmina traz para a contribuição do movimento negro no Brasil e destacou a importância do romance ‘Úrsula’, publicado em 1859, como livro precursor da temática abolicionista na literatura brasileira, que antecede a poesia de Castro Alves, o épico “Navio Negreiro” que foi publicado em 1880.  

A mostra, com duração de três meses, é aberta ao público. Na visita, o público pode conhecer a vida de Maria Firmina dos Reis, a partir de documentos históricos e objetos que fizeram parte de sua trajetória, além de ilustrações digitais exclusivas que demonstram o cotidiano e momentos importantes da biografia de Maria Firmina dos Reis.

Segundo os registros históricos, Maria Firmina dos Reis foi a idealizadora da primeira Escola Mista do Brasil. “Muitas pessoas desconhecem Maria Firmina com o seu legado como escritora, abolicionista, mas ela está escrita na história do Brasil. Em pleno século XIX, Maria Firmina já nos convoca a pensar nas humanidades, a partir da Educação e de se posicionar contra os preconceitos. Uma mulher com esse protagonismo também evidencia o quanto nós, ainda, como mulheres, e especificamente, mulheres negras, temos que contribuir para a história do Maranhão e do nosso país”, enfatizou a bibliotecária Joseane Cantanhede, membro do Comitê da Diversidade.

Para visitar a exposição, os interessados precisam agendar via e-mail museutjma@tjma.jus.br ou pelos telefones 3261-6160/6146 (horário de atendimento de 8h às 18h), informando nome completo e horário desejado. Em caso de instituições/escolas, é necessário informar o nome do responsável/professor(a), disciplina, quantidade de pessoas e horário desejado.

A visitação do Museu está disponível entre 9h e 17h, com o máximo de 30 pessoas e duração da visita 1h. É obrigatório o uso de máscaras.

 


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