A cadela Amarelinha está fazendo um tratamento de fisiatria, na busca por uma recuperação pós-cirúrgica, após um atropelamento que lhe deixou uma fratura da bacia. Tudo é acompanhado e perto pela tutora Susane Martins, que é professora. O uso da fisiatria ainda é novo, mas aos poucos está ganhando espaço, até porque o Brasil é um dos países do mundo onde a população de animais domésticos mais cresceu nos últimos anos.
“Ela foi submetida a uma cirurgia, sendo colocadas uma placa e um pino em um dos lados, onde foi detectada a fratura. Passou por uma recuperação de 14 dias de pós-operatório e o cirurgião ortopedista veterinário indicou a fisioterapia para a Amarelinha. E hoje ela está aqui com o intuito de melhorar a locomoção, neutralizar ou eliminar as dores que ela ainda sente e também, claro, que é o que a gente quer: o bem-estar dela de volta”, relatou a Susane Martins.
O semblante tranquilo durante o atendimento é um sinal de que está gostando do cuidado recebido. Na sessão, todo um cuidado reparador. “Eu faço um protocolo de alívio de dor, relaxamento muscular, regeneração e um processo que acelera a consolidação de fratura. Logo em seguida, faço um fortalecimento muscular passivo, que é com choquinho, para estimular a musculatura. Posteriormente, quando ela estiver melhor das dores, vai começar a fazer exercício físico um pouquinho mais pesado, para que ela tenha firme nas patinhas”, detalhou a veterinária/fisiatra Ludmyla Silva.
Tem hora, inclusive que a cadelinha parece cochilar na sessão, tão grande é o relaxamento. Os equipamentos usados objetivam auxiliar no alívio da dor, diminuição da inflamação e melhorar a qualidade de vida da cachorrinha.
Os resultados já são sentidos pela tutora. “Se comparada a situação que ela estava logo depois da cirurgia, quando ela tinha uma dificuldade severa para se locomover. Hoje, ela consegue se locomover pelos cômodos da casa, não consegue acompanhar com tanta agilidade os outros cães daqui, mas ela consegue se movimentar, se erguer sozinha, o que ela não conseguia antes.
A veterinária/fisiatra Ludmyla Silva mora com a cadela Vitória, que sofreu um acidente, perdeu as patas traseiras e precisa de um suporte com rodinhas para se locomover. O amor é tanto, que o animal a acompanha até no São João, com direito a figurino junino especial que valeu um prêmio de primeiro lugar em concurso de Rainha Caipira.
“Tudo que a gente tem, o animal também tem. Então, animais idosos, om problemas de artrose, artrite, a gente também trabalha, animais obesos, com problemas ortopédicos e neurológicos”, ressalta Ludmyla Silva.