Pesquisadores da UFMA catalogam materiais que farão parte de acervo arqueológico do MA

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Fonte: TV Assembleia
25/08/2022 15h16

Estudantes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) estão trabalhando na pesquisa e catalogação de materiais arqueológicos encontrados em diferentes regiões do estado e que integrarão o acervo do novo Centro de Arqueologia do Maranhão. O espaço só entrará em funcionamento no ano de 2024, mas tem endereço definido, bem no Centro de São Luís, ode funcionou a antiga fábrica Progresso e o extinto Sioge.

O imóvel foi cedido à instituição de ensino pelo governo do Estado. No início do mês de junho de 2022 foi assinado convênio entre a Universidade, a Petrobras e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para restauração do casarão situado no Centro Histórico de São Luís.

“Nós temos aqui um acervo significativo de materiais que foram desenvolvidos ao longo de milênios e que, hoje, a universidade, a partir desse projeto de cooperação, leva a público. A ideia é que daqui a dois anos tenhamos esse espaço aberto e mais um equipamento cultural da UFMA para a cidade de São Luís”, declarou Arkley Bandeira, arqueólogo e professor da Universidade Federal.

Em uma sala da instituição, no Campus do Bacanga, estão armazenados os vestígios e objetos encontrados pelos pesquisadores. Serão dois anos de pesquisa e trabalho para registrar e catalogar.

“Aqui, a gente faz a catalogação, a seleção, rearmazenamento, separação do material e a gente cuida dele para que, futuramente, ele seja exposto no Museu. É muito gratificante trabalhar com isso, principalmente porque quem cursa História ama a memória, ama o patrimônio. É muito interessante”, ressaltou Fabiana da Silva, estudante do Curso de História e bolsista do projeto que vai culminar no novo acervo arqueológico do Maranhão. Ela e os colegas organizam o material pronto para ser catalogado.

O acervo catalogado reúne mais de 250 mil peças. Que guardam mais de 10 mil anos de história. Entre elas, um objeto cerâmico de mais de 2 mil anos encontrado na região do Vale do Rio Pindaré. “É uma urna cerâmica, foi restaurada e a gente consegue ver ainda ver traços de pintura, porque provavelmente era toda decorada. São traços geométricos pintados em vermelho. Esse material estava associado a sepultamentos, provavelmente”, detalhou o professor Arkley Bandeira.

O trabalho de catalogação é feito em equipe, e todas as peças são registradas para posterior pesquisa. “Todas são fotografadas, para serem catalogadas e, posteriormente, para ser também incorporada ao nosso banco de dados, que é online, e outros pesquisadores podem ter acesso”, afirmou o Gustavo Moura, estudante do Curso de História da UFMA.


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